Analistas do UBS e do Credit Suisse começaram a cobertura das ações da XP Inc. com recomendação ‘neutra’ e preços-alvo de US$ 42 e US$ 43, respectivamente, enquanto o JPMorgan iniciou com ‘overweight’ e preço-alvo de US$ 44, de acordo com relatórios enviados a clientes hoje (6).
A plataforma de serviços financeiros fez sua estreia na bolsa norte-americana Nasdaq no mês passado, após precificar sua oferta inicial de ações a US$ 27 por papel, em operação que movimentou cerca de US$ 1,9 bilhão – valor que não considera lotes adicionais.
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Desde então, as ações já subiram cerca de 40%, tendo fechado na última sexta-feira (3) a US$ 38,22.
“A XP possui um modelo de negócios diferenciado, desafiando as instituições tradicionais, educando os investidores, permitindo o acesso a uma gama mais ampla de produtos financeiros, alavancando a tecnologia e fornecendo atendimento ao cliente de alta qualidade com taxas baixas”, afirmaram Mariana Taddeo e equipe, do UBS.
Na visão dos analistas do banco, tal modelo permitirá à XP continuar ganhando participação nos ativos de investimento de varejo sob custódia (AUC), apesar da crescente concorrência e do potencial fim da exclusividade de agentes autônomos de investimento.
Eles ponderaram, contudo, que, após o forte desempenho das ações desde o IPO em 11 de dezembro, os papéis estão sendo negociadas a preços razoáveis (71x 2020E PE e 1,7x PEG), na visão dos analistas do UBS, citando que poderiam ficar mais ‘construtivos’ com a XP se os ativos sob custódia crescerem mais rápido do que o esperado com mais clientes/fluxos.
Na mesma linha, os analistas do Credit Suisse liderados por Marcelo Telles destacaram que a XP é a plataforma de investimento independente dominante no Brasil e que tem capturado uma participação de mercado significativa dos bancos tradicionais, enquanto desfruta do vento positivo de investidores de varejo ricos que migram para ativos mais arriscados.
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“A XP Inc tem sido uma empresa de rápido crescimento e lucrativa, com taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 3 anos em ativos sob custódia (AUC) de 81% e retorno sobre o patrimônio (ROE) variando de 25% a 37%”, ressaltaram.
No relatório, a equipe do Credit Suisse estimou crescimento de 40% nos lucros por ano (CAGR) até 2023, mas também ponderou que, considerando o desempenho dos papéis desde a sua listagem na Nasdaq e comparando com suas concorrentes, as ações do grupo estão sendo negociadas com prêmio até 2023.
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