O presidente-executivo do SoftBank, Masayoshi Son, afastou hoje (12) a ideia de cortar a participação de US$ 150 bilhões na gigante do comércio eletrônico Alibaba, depois que o investidor ativista Elliott Management pediu que a empresa faça grandes recompras de ações.
O surgimento da Elliott, como acionista do SoftBank, renovou o foco na participação de 26% da empresa no Alibaba, maior ativo da empresa japonesa e o investimento da área de tecnologia mais bem-sucedido de Son até hoje.
Elliott, um dos investidores ativistas mais conhecidos do mundo, acumulou uma participação de quase US$ 3 bilhões no SoftBank. Agora, está pressionando por mudanças, incluindo US$ 20 bilhões em recompras de ações, disseram fontes. Mas Son indicou que não tem pressa em vender as ações do Alibaba, levantando questões sobre como o SoftBank poderia financiar eventuais recompras.
“Acredito que o Alibaba tem muito espaço para crescer. Não tenho pressa em vender ações”, disse ele nesta quarta-feira.
O SoftBank já está altamente alavancado e luta para atrair dinheiro para um segundo fundo de tecnologia. A relutância de Son em vender a participação no Alibaba deixa pouco espaço para recompras na escala que Elliott deseja, disseram analistas.
“Do ponto de vista dos acionistas, você deve vender e investir em coisas que vão gerar retornos”, disse Kirk Boodry, analista da Redex Holdings.
Se o SoftBank acha que seus retornos não podem superar os do Alibaba, “parece estranho estar no negócio de capital de risco”, disse ele.
O SoftBank pouco fez para dissipar preocupações de investidores sobre sua estratégia, ao relatar que o lucro foi praticamente anulado por um segundo trimestre consecutivo de prejuízo no Vision Fund, de US$ 100 bilhões.
“Esses resultados validam nossas preocupações de que a maioria das outras coisas que o [SoftBank] faz além do Alibaba levou a distrações ou destruição de valor”, escreveu o analista da Jefferies, Atul Goyal.
A participação na gigante do comércio eletrônico vale cerca de US$ 150 bilhões – mais do que a capitalização de mercado do próprio SoftBank, que é de US$ 110 bilhões.
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