A Klabin teve lucro líquido de R$ 631 milhões no último trimestre de 2019, uma queda de 31% na comparação com o mesmo período do ano anterior, em resultado afetado pela queda dos preços de celulose e kraftliner no mercado internacional, conforme dados divulgados hoje (6).
Apesar do recuo, o número ficou acima do esperado por analistas em pesquisa Refinitiv, que mostrava expectativa média de lucro de R$ 186,11 milhões.
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A receita líquida totalizou R$ 2,7 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, um recuo de 3% na comparação ano a ano, com a empresa citando que o crescimento de receita nos negócios de papéis e embalagens atenuou a queda nos preços de celulose branqueada e kraftliner.
“Destaca-se também o aumento da participação do mercado interno na composição de receita, consequência da captura de um ambiente econômico doméstico mais aquecido”, afirmou a fabricante de papel e celulose no material de divulgação do balanço.
O volume de vendas no quarto trimestre, excluindo madeira, atingiu 927 mil toneladas, equivalente a um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O custo caixa unitário total, que contempla a venda de todos os produtos da companhia, caiu 2%, para 1.788 reais/t no trimestre.
“Essa queda foi possível especialmente pelo bom desempenho operacional da Klabin, ocasionando maior diluição de custos fixos e maior geração e venda de energia”, afirmou a empresa, citando ainda menores gastos com químicos, óleo combustível e a disciplina na linha de gastos gerais e administrativos.
A Klabin reportou geração operacional de caixa, medida pelo Ebitda ajustado, de R$ 965 milhões no trimestre, com margem Ebitda ajustado de 36%, recuos de 15% e 5 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2018.
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De acordo com a companhia, sua flexibilidade operacional, com posicionamento de destaque no mercado de papéis e embalagens, atenuou a queda nos preços de celulose branqueada e kraftliner no exterior.
O endividamento líquido consolidado em 31 de dezembro totalizou R$ 14,355 bilhões, uma queda de R$ 741 milhões ante 30 de setembro, explicada majoritariamente pelo impacto positivo da variação cambial sobre a dívida em dólar. No final de 2018, porém, o endividamento somava R$ 12,399 bilhões.
A alavancagem financeira, mensurada pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado terminou o ano a 3,3 vezes, de 3,4 vezes no final do terceiro trimestre e 3,1 vezes no final de 2018. Em dólares, a Klabin fechou o último trimestre de 2019 com relação dívida líquida/Ebitda de 3,2 vezes.
O fluxo de caixa livre ajustado, desconsiderando fatores discricionários e projetos de expansão, somou R$ 679 milhões, acima dos R$ 524 milhões de um ano antes e dos R$ 385 milhões do trimestre anterior, explicado majoritariamente pela melhora no capital de giro em R$ 383 milhões.
“A melhora em relação ao trimestre anterior foi possível pela compensação de impostos e contribuições a recuperar, além da redução dos níveis de estoques do período, comprovando a capacidade da companhia de otimização nas linhas de capital de giro e gestão diligente de caixa”, disse a Klabin.
INVESTIMENTOS
A fabricante de papel e celulose afirmou que ao longo do quarto trimestre de 2019 investiu R$ 852 milhões em suas operações e em novos projetos. Do montante total, R$ 79 milhões foram destinados às operações florestais e R$ 210 milhões investidos na continuidade operacional das fábricas.
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Com relação ao projeto Puma II, a empresa relatou que as obras avançam em linha com o cronograma inicial, com 20% do cronograma da primeira fase concluídos na data de 26 de janeiro de 2020, perfazendo um total de R$ 554 milhões investidos no quarto trimestre, e R$ 1,271 bilhão desde o início das obras.
Aprovado em abril do ano passado e com aporte bruto previsto em R$ 9,1 bilhões, o novo ciclo de expansão compreende a instalação de duas máquinas de papéis para embalagens com capacidade de produção anual de 920 mil toneladas, situadas na Unidade Puma, onde a Klabin já opera a produção de celulose branqueada, na forma de fibra curta, fibra longa e fluff.
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