O primeiro-ministro japonês, pediu hoje (29) a cooperação do público para uma “difícil batalha” para conter o surto de coronavírus nas próximas semanas, com o país preparando-se para sediar os Jogos Olímpicos de Tóquio.
“Para ser sincero, não venceremos esta batalha somente com os esforços do governo”, disse Abe em entrevista coletiva dois dias depois de determinar o fechamento de todas as escolas do país por mais de um mês. A decisão abrupta pegou professores, pais e seus chefes de surpresa, levando a uma nova onda de críticas.
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Abe já havia sido criticado pela maneira como lidou com o coronavírus, e a entrevista coletiva de hoje foi sua primeira desde o surto.
“Decidi que precisamos de todos os esforços entre as próximas duas semanas para evitar a disseminação”, disse, expressando também confiança de que seria possível.
Abe afirmou que o Japão seguirá em frente tanto com a Olimpíada quanto com a visita do presidente chinês, Xi Jinping, na primavera (no Hemisfério Norte), mas acrescentou que não hesitaria em expandir as restrições de imigração caso necessário.
Abe, que retornou ao cargo em 2012 e agora é o mais longevo premiê japonês, tem feito da Olimpíada de Tóquio a principal prioridade do seu mandato. Oficiais negaram repetidamente que consideravam adiar ou cancelar os Jogos.
O Japão teve mais de 940 casos de infecção do vírus, incluindo 705 no navio registrado no Reino Unido, o Diamond Princess, que ficou em quarentena perto de Tóquio este mês, segundo a emissora pública “NHK”. Houve 11 mortes, incluindo seis no cruzeiro, e a maneira como o Japão lidou com a situação atraiu críticas dentro e fora do país.
Abe admitiu o fardo que os pais carregaria pelo fechamento das escolas e disse que o governo criaria um fundo para subsidiar trabalhadores que precisassem tirar um tempo de folga para cuidar de suas crianças.
Ele informou que medidas, usando 270 bilhões de ienes (US$ 2,5 bilhões) de reservas orçamentárias, beneficiariam empresas menores e viriam nos próximos dez dias.
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