O governo irá anunciar novas medidas ao longo dos próximos dias para enfrentamento ao coronavírus, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, sem descartar a liberação de saques do FGTS e o retardamento no recolhimento de impostos sobre a folha de pagamentos para dar fôlego a empresas.
Falando a jornalistas após chegada ao Ministério da Economia hoje (13), Guedes também afirmou que o governo irá importar produtos médicos e hospitalares sem tarifas. Na mesa do time econômico também está a análise do que pode eventualmente ser feito em relação a recursos não sacados de Pis/Pasep.
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Segundo o ministro, as soluções em questão não ameaçam a busca por equilíbrio fiscal.
No início desta semana, o governo ainda estava tomando conhecimento da dimensão da crise, razão pela qual os anúncios ganharão força a partir de agora, completou.
“De hoje pra segunda-feira (16) sairão muito mais coisas”, afirmou ele, frisando que os dirigentes de bancos públicos já estavam no ministério esperando-o para uma reunião que contemplaria as ações do governo para a crise.
Após o governo divulgar na véspera que irá adiantar metade do 13º para aposentados e pensionistas no mês que vem e que não mais exigirá que os beneficiários façam prova de vida presencialmente no INSS, Guedes pontuou que “mais de 20 medidas desse tipo” serão divulgadas.
O ministro pontuou ainda que as iniciativas virão após apelo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que a equipe econômica reagisse aos desafios colocados pelo surto do coronavírus, mas que é necessário que o Congresso também se debruce sobre as reformas que já foram enviadas pelo Executivo.
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“Mandamos 48 reformas para Congresso e 16 são urgentes”, disse ele, citando por exemplo o novo marco para o saneamento.
Nesse sentido, ele voltou a reforçar que as reformas são cruciais para o crescimento econômico engatar.
“Nós estamos reagindo em 48 horas. Eu gostaria que as principais lideranças políticas do Brasil reagissem também com muita velocidade com as nossas reformas para reforçar a saúde econômica do Brasil”, disse.
O ministro avaliou que essa crise com o coronavírus é passageira e deve acabar em quatro ou cinco meses, mas que o problema do Brasil é muito mais profundo, com uma economia que está estagnada.
“Se nós aprovarmos medidas só para consumo, você não consegue crescer”, afirmou.
“Pra crescer você precisa de recurso para investimento, então nós precisamos destravar a pauta do Congresso, que tem marcos regulatórios para saneamento, para infraestrutura, para cabotagem, tudo isso é impacto de investimento. Nós precisamos avançar a saúde do organismo brasileiro, da economia brasileira. O coronavírus é onda forte, mas nós vamos furar essa onda e vamos sair do lado de lá.”
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