A Natura & Co reportou lucro líquido consolidado de R$ 14,3 milhões no quarto trimestre ontem (5), forte queda em relação ao lucro de R$ 381,7 milhões um ano antes, devido a despesas relacionadas à compra da Avon Products.
Os resultados ainda não incluem a receita da Avon, já que o acordo foi fechado apenas no início deste ano, criando a quarta maior empresa de beleza do mundo.
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Roberto Marques, o novo presidente do grupo combinado, disse que os lucros da Natura permanecerão sob pressão no início de 2020 em razão dos custos associados à transação.
“No primeiro trimestre, (os custos) ainda serão significativos e depois devem quase desaparecer”, disse Marques à Reuters em entrevista ontem à noite.
O executivo afirmou que está monitorando tendências mais amplas que podem afetar a empresa, principalmente o surto do coronavírus em todo o mundo, um real fraco e a potencial desaceleração da maior economia da América Latina.
“Haverá um impacto em nossos negócios”, estimou.
Ele acrescentou que a aquisição da Avon proporcionou um “hedge natural” para a Natura daqui para a frente. Enquanto o real brasileiro representava 70% da receita da empresa no passado, agora caiu para 30%. A Avon obteve receita em moedas fortes, como a libra esterlina e o euro, com alguma exposição adicional ao peso mexicano.
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Mas Marques observou que eles permanecem pouco expostos à Ásia no geral, que foi a região mais atingida pelo surto do coronavírus.
Sobre o crescimento econômico, ele prevê que a empresa crescerá mais rápido que o PIB do Brasil, numa época em que muitos bancos revisaram suas previsões de 2020 para baixo.
O contexto global negativo, no entanto, não afetou a economia de custos esperada da Natura. Marques disse que ainda espera uma economia anual de custos entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões nos próximos três anos devido à aquisição da Avon.
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