O dólar começou o segundo trimestre da mesma forma que terminou o primeiro – em forte alta – e bateu novos recordes históricos nominais ante o real hoje (1), amparado pela busca por refúgio num 1º de abril bastante negativo para as praças financeiras globais diante da iminência de uma profunda recessão mundial por causa da pandemia do coronavírus.
Em Nova York, o S&P 500 caiu mais de 4%, enquanto os rendimentos dos Treasuries recuavam e o iene – visto como ativo seguro – era a única moeda que ganhava contra o dólar nesta sessão, um clássico combo que denuncia aversão a risco.
O Banco Central interveio com venda de US$ 645 milhões no mercado à vista, operação que apenas evitou uma alta ainda mais forte da moeda.
Apesar de na pesquisa Focus do BC a mediana das projeções apontar dólar a R$ 4,50 ao fim do ano, cada vez mais analistas veem o patamar de R$ 5 como mais provável. O Morgan Stanley diz que seus clientes de ações, tanto locais quanto estrangeiros, enxergam esse nível para o fim de 2020.
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“No geral, os investidores esperam uma apreciação modesta do real até o fim do ano, a menos que o impacto da Covid-19 na economia brasileira perdure mais que nove meses”, disseram analistas do banco em relatório.
Na B3, há contratos de opção de dólar futuro com vencimento em maio a R$ 7,350.
O dólar à vista fechou esta quarta com valorização de 1,29%, a R$ 5,2613 na venda, superando com folga o recorde anterior (de R$ 5,1993 alcançado em 18 de março).
Durante os negócios, a cotação foi a R$ 5,2756 na venda, nova máxima histórica nominal intradiária.
Com os ganhos desta quarta, a valorização do dólar no ano cruzou a linha dos 30%, estando mais precisamente em 31,11%.
O real é a moeda que mais cai ante o dólar em 2020 numa lista de 34 pares da divisa dos EUA.
Na B3, o dólar futuro de maior liquidez tinha apreciação de 1,02% no dia, a R$ 5,2680, às 17h46.
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