Os preços do petróleo chegaram a desabar para menos de US$ 16 por barril hoje (22), tocando o menor nível desde 1999, com o mercado inundado por excesso de oferta como resultado das consequências econômicas do coronavírus, que destruiu a demanda por combustíveis.
A sobreoferta tem crescido desde que a Opep+, liderada por Arábia Saudita e Rússia, falhou em prorrogar cortes de produção no mês passado. A Opep+ chegou a um acordo para novos cortes neste mês, mas medidas de isolamento de governos para conter a pandemia cortaram ainda mais a demanda.
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O petróleo Brent recuava US$ 0,05, ou 0,26%, a US$ 19,28 por barril, às 8:48 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía US$ 0,61, ou 5,27%, a US$ 10,96 por barril.
Mais cedo, o Brent tocou US$ 15,98 por barril, menor nível desde junho de 1999. Na véspera, ele havia perdido 24%.
“O mercado de petróleo está profundamente encrencado e é pouco provável que saia desse mal-estar no curto prazo”, disse Stephen Brennock, da corretora PVM. “A demanda está baixa, a oferta está elevada e os estoques estão cheios.”
O mercado de petróleo passou nesta semana por alguns dos momentos mais selvagens da história das negociações – o contrato mais próximo do vencimento nos EUA caiu para território negativo pela primeira vez em todos os tempos na segunda-feira (20).
“Estejam preparados para mais surpresas nesse mercado quebrado do petróleo”, disse o chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugen.
O Brent chegou agora a níveis tão baixos quanto vistos quando a Opep também lutava contra um excesso no mercado e havia preocupação entre empresas e consumidores – na época dos temores relacionados ao “bug do milênio”, que poderia afetar computadores na virada do século. (Com Reuters)
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