O número de usuários diários da Zoom saltou para mais de 200 milhões em março, ante um máximo de 10 milhões anteriormente, disse o chefe do aplicativo de videoconferência, Eric Yuan, ontem (1), enquanto lutava para dissipar as preocupações com a privacidade e o fenômeno “Zoombombing”.
“Para colocar esse crescimento em contexto, no final de dezembro do ano passado, o número máximo de participantes diários, gratuitos e pagos, era de 10 milhões”, escreveu o fundador e presidente-executivo Eric Yuan em uma carta a usuários ontem.
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Yuan disse que o uso do Zoom decolou nas últimas semanas, com mais de 90 mil escolas em 20 países usando seus serviços de videoconferência para realizar aulas pela internet.
No entanto, o grande afluxo de usuários em sua plataforma levantou muitos problemas para a empresa – principalmente relacionados a privacidade.
“Reconhecemos que não atingimos as expectativas de privacidade e segurança da comunidade – e a nossa -“, disse Yuan. “Por isso, sinto muito.”
Na segunda-feira (30), o escritório do FBI em Boston emitiu um aviso sobre o Zoom, dizendo aos usuários para não tornar públicas as reuniões na plataforma e não compartilhar links amplamente depois de receber dois relatos de indivíduos não identificados invadindo aulas digitais de escolas, um fenômeno conhecido como “zoombombing”.
Alguns dias depois, a empresa de foguetes SpaceX do bilionário Elon Musk proibiu seus funcionários de usar o aplicativo da Zoom em memorando visto pela Reuters, dizendo que o aplicativo tinha “preocupações significativas de privacidade e segurança”.
O veículo de jornalismo investigativo “The Intercept” divulgou na terça-feira (31) que os vídeos da Zoom não são criptografados de ponta a ponta entre os participantes da reunião e que a empresa pode visualizar as sessões.
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