A mais nova versão de “Mogli: O Menino Lobo” chegou aos cinemas dos Estados Unidos há um mês. Só no fim de semana de estreia, o longa arrecadou US$ 103 milhões no país. O sucesso de público e de crítica da nova adaptação dos contos de Rudyard Kipling explica porque a Disney tem investido alto (neste caso, US$ 175 milhões) em remakes de seus grandes clássicos.
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Depois de já ter experimentado e fórmula em “Cinderella” (2015) e “Malévola” (2014), que confirmou continuação com Angelina Jolie na última terça-feira (26), o estúdio tem programado uma refilmagem de “Meu Amigo Dragão” ainda neste ano e uma versão live action de “A Bela e a Fera” para o ano que vem. Espacula-se que remakes de “Dumbo”, “Bambi”, “Pinóquio” e outros vêm por aí, mas sem data prevista.
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Não é só a Disney que se aproveita de seus clássicos. A Universal, por exemplo, já refilmou alguns dos contos que ficaram famosos nos traços da produtora norte-americana, como “Peter Pan” e “Branca de Neve”.
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FORBES Brasil usou como base dados oficiais e sites especializados em cinema, como “IMDB”, “Box Office Mojo” e “Rotten Tomatos”, para calcular os maiores sucessos entre esses remakes. Veja na galeria de fotos:
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7º) “Peter Pan” (2003)
Arrecadação mundial: US$ 121,9 milhões
A lanterna fica com a apagada adaptação da Universal para o clássico homônimo de 1953 da Disney. Com orçamento de US$ 100 milhões, o filme não se pagou nos Estados Unidos, onde teve a vergonhosa arrecadação de US$ 48 milhões.
Sem elenco de peso e com forte tom infantil, nem a boa avaliação por parte da imprensa (77% de criticas positivas no “Rotten Tomatoes”) conseguiu salvar o remake.
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6º) “101 Dálmatas” (1996)
Arrecadação mundial: US$ 320,6 milhões
Apesar de ostentar apenas o sexto lugar, o resultado de mais de US$ 300 milhões ao redor do mundo para a refilmagem do clássico de 1961 é, provavelmente, o mais impressionante desta lista. Primeiro por seu orçamento estimado em US$ 54 milhões.
Em segundo lugar porque em 1996 os parâmetros de bilheteria eram outros (lembre-se: “Titanic” só sairia no ano seguinte). A modesta produção da Disney ficou no Top 10 daquele ano, à frente de sucessos como “O Professor Aloprado” e “Pânico”.
De quebra, ainda há a excelente atuação de Glenn Close como a vilã Cruella De Vil.
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5º) “Branca de Neve e o Caçador” (2012)
Arrecadação mundial: US$ 396,5 milhões
Quase US$ 400 milhões não é uma quantia a se desprezar. Mas a refilmagem da Universal do primeiro longa de animação da Disney, “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), foi um fracasso.
Com o alto orçamento de US$ 175 milhões, o longa arrecadou apenas US$ 155 milhões nos Estados Unidos, principal fonte de renda para o estúdio. Até o filme original, relançado em quatro ocasiões nos cinemas norte-americanos alcançou mais: US$ 184 milhões.
A Universal, no entanto, não desistiu da história e lançou na semana passada a continuação “O Caçador e a Rainha do Gelo”. O resultado? Um fracasso ainda maior: apenas US$ 19,4 milhões no fim de semana de estreia. Se este quadro continuar, é provável que desistam de vez da franquia.
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4º) “Cinderella” (2015)
Arrecadação mundial: US$ 543,5 milhões
A versão live action do conto de fadas que a Disney lançou em 1950 foi uma grata surpresa para o estúdio. Além de uma indicação técnica ao Oscar (Melhor Figurino), o longa foi bem recebido pelo público (arrecadou mundialmente mais do que o triplo dos seus US$ 95 milhões de orçamento) e pela crítica (84% de criticas positivas no “Rotten Tomatoes”).
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3º) “Mogli: O Menino Lobo” (2016)
Arrecadação mundial: US$ 548,2 milhões
A nova versão para o cinema dos contos de “O Livro da Selva”, de Rudyard Kipling, estreou no final de abril nos Estados Unidos. Só no primeiro fim de semana, “Mogli” arrecadou US$ 103 milhões, muito mais do que a versão da Disney, de 1967, sonharia. Além disso, o longa está sendo muito bem criticado: nada menos que 94% de criticas positivas no “Rotten Tomatoes”.
Lançado mundialmente há um mês (e há apenas duas semanas no Brasil), ainda não há previsão para que ele saia totalmente das salas. Quem sabe o menino da selva ainda não sobe de posição até lá?
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2º) “Malévola” (2014)
Arrecadação mundial: US$ 758,5 milhões
“Malévola” chamou a atenção desde o anúncio da sua produção por dois motivos: ofereceria o “outro lado” do clássico “A Bela Adormecida” (1959), com foco na vilã, e a personagem principal seria interpretada por Angelina Jolie, uma das atrizes que mais dão retorno em Hollywood.
A aposta foi certeira: apesar de o filme não ter sido tão bem recebido (49% de criticas positivas no “Rotten Tomatoes”), a performance de Jolie foi elogiada. Além disso, o orçamento de US$ 180 milhões se pagou com folga.
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1º) “Alice no País das Maravilhas” (2010)
Arrecadação mundial: US$ 1,02 bilhão
A versão animada da Disney, de 1951, do livro clássico é até hoje a via de entrada para parte das crianças conhecerem a obra de Lewis Carroll. Não a toa, a produtora decidiu investir alto na refilmagem: cerca de US$ 200 milhões de orçamento.
Lançado em 2010 depois de uma intensa campanha de marketing, o longa se pagou e ainda deu muito lucro. Sob a direção de Tim Burton e com Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter e Alan Rickman no elenco, o filme é um dos 10 maiores sucessos de bilheteria da história da Buena Vista (estúdio da Disney).
A sequência, “Alice Através do Espelho”, deve estrear ainda no primeiro semestre deste ano com o mesmo elenco, mas sem Burton.
7º) “Peter Pan” (2003)
Arrecadação mundial: US$ 121,9 milhões
A lanterna fica com a apagada adaptação da Universal para o clássico homônimo de 1953 da Disney. Com orçamento de US$ 100 milhões, o filme não se pagou nos Estados Unidos, onde teve a vergonhosa arrecadação de US$ 48 milhões.
Sem elenco de peso e com forte tom infantil, nem a boa avaliação por parte da imprensa (77% de criticas positivas no “Rotten Tomatoes”) conseguiu salvar o remake.