A rede de lojas chinesas Suning Commerce anunciou nesta segunda-feira (6) a compra de 70% da Inter de Milão por € 270 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão). Este é o maior investimento já feito por uma empresa do país no futebol europeu.
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Por trás do negócio está Zhang Jindong, fundador da Suning e 30º maior bilionário da China com uma fortuna avaliada em US$ 4,2 bilhões. “Esta é uma oportunidade única para que a Inter de Milão cresça na China”, afirmou o empresário no evento de anúncio. Não é de hoje que um bilionário esteja envolvido com a equipe. O italiano Massimo Moratti (US$ 1,4 bilhão), presidiu o clube de 1995 a 2013 e, agora, venderá toda a sua participação.
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Este é mais um negócio que aponta para a severa globalização do esporte. Embora Silvio Berlusconi, bilionário e ex-Primeiro Ministro da Itália, já seja dono do Milan há trinta anos, a novidade é que, há cerca de 15 anos, tradicionais clubes europeus têm sido comprados por endinheirados de outras nacionalidades. Os exemplos são dos mais variados, como Roman Abramovich e o Chelsea, Dmitry Rybolovlev e o Mônaco ou Vichai Srivaddhanaprabha e o Leicester – eles chegam até ao Brasil.
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Veja na galeria de fotos 23 clubes que têm bilionários por trás, seja como dono ou com participação:
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A.C. Milan
País: Itália
Bilionário: Silvio Berlusconi
Fortuna: US$ 7 bilhões
Não é à toa que a figura do Milan e de Silvio Berlusconi se confundem. Neste ano, celebra-se três décadas que o magnata da mídia italiana comprou o clube centenário. Aos 79 anos, ele assumiu que está negociando sua venda, o que pode trazer saudade para muito torcedor rossonero. Por mais controversa que seja sua figura ou seus mandatos como Primeiro Ministro da Itália, sob seu comando, a equipe viu cinco Liga dos Campeões e quatro Campeonatos Mundiais.
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Arsenal
País: Inglaterra
Bilionário: Stanley Kroenke e Alisher Usmanov
Fortuna: US$ 7,9 bilhões e US$ 13,4 bilhões, respectivamente
Kroenke, norte-americano que fez fortuna no setor imobiliário, assumiu o controle majoritário (66%) do clube inglês em 2011, após a morte de Daniel Fiszman, barão dos diamantes, que detinha a maioria das ações. Mas ele não é o único bilionário por trás do clube londrino: o russo Alisher Usmanov, barão do aço, tem 30% de participação.
Kroenke é o cara dos esportes. Além do Arsenal, ele também é dono de quatro equipes em diferentes esportes nos Estados Unidos: Colorado Rapids (futebol), Los Angeles Rams (NFL), Denver Nuggets (NBA) e Colorado Avalanche (hóquei).
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Celtic
País: Escócia
Bilionário: Denis O’Brien
Fortuna: US$ 6 bilhões
O irlandês, que fez fortuna com uma das maiores operadores de telefonia móvel do Reino Unido, está longe de ser o dono de um dos times tradicionais da Escócia com seus 3% de participação. Os planos, no entanto, são de investir mais no time assim que se aposentar.
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Chelsea
País: Inglaterra
Bilionário: Roman Abramovich
Fortuna: US$ 8 bilhões
O magnata do aço e dos investimentos comprou o time londrino por £ 140 milhões em 2003. Até então, a equipe tinha apenas um campeonato inglês (1954-1955), que estava fazendo bodas de ouro. Sob a propriedade do russo, o Chelsea ganhou quatro títulos. Não foi à toa: de acordo com o “Independent”, Abramovich investiu mais de £ 2 bilhões nestes quase 13 anos sob o comando do clube.
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Deportivo La Coruña
País: Espanha
Bilionário: Amancio Ortega
Fortuna: US$ 72,3 bilhões
Para a tristeza do torcedor coruñes, o segundo maior bilionário do planeta está longe de ser o dono do time espanhol. O fundador da Zara tem apenas uma pequena participação, não revelada, no time de A Coruña. Sua paixão, no entanto, é conhecida. Apesar de não frequentar mais as tribunas do Riazor como nas décadas passadas, reza a lenda que, em 2012, o casamento da sua filha, Sandra, atrasou mais de uma hora porque o pai estava vendo um jogo entre seu time e o Barcelona B.
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Inter de Milão
País: Itália
Bilionário: Zhang Jindong
Fortuna: US$ 4,2 bilhões
Embora já pertencesse em parte ao bilionário italiano Massimo Moratti, barão do petróleo, e de ter um presidente indonésio (Erick Thohir), o tradicional clube de milão agora pertence oficialmente ao capital chinês. A rede de lojas Suning Commerce anunciou nesta segunda-feira (6) a compra de 70% do clube por € 270 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão), no maior investimento no futebol europeu feito por uma companhia do país.
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Leicester City
País: Inglaterra
Bilionário: Vichai Srivaddhanaprabha
Fortuna: US$ 3,2 bilhões
O tailandês de nome impronunciável no Brasil comprou o pequeno clube inglês em 2010 por pouco menos de £ 40 milhões, quando ainda não era um bilionário. O empresário, dono e fundador da empresa de duty free King Power, só entrou para a lista em 2013, com uma fortuna estimada em US$ 1,6 bilhão.
A partir dai, os investimentos no clube, como dar nome de King Power ao estádio, aumentaram e o Leicester voltou, depois de dez anos, à primeira divisão da liga em 2013. No ano passado, o clube acabou em 15º, o que quase significou o rebaixamento. Já neste ano, depois de uma campanha firme, conquistou sua primeira Premier League na história.
Com uma fortuna estimada em US$ 2,9 bilhões, Srivaddhanaprabha é, atualmente, o quarto maior bilionário da Tailândia e o 672º do mundo. Além da King Power, ele tem três shoppings centers em Bangcoc e é um grande entusiasta do pólo, esporte popular no sul da Ásia.
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Los Angeles Galaxy
País: Estados Unidos
Bilionário: Philip Anschutz
Fortuna: US$ 10,9 bilhões
Por meio de sua empresa de esporte e entretenimento, Anschutz Entertainment Group, o investidor norte-americano que fez fortuna com petróleo já teve participações em diversos times da MSL, como Houston Dynamo. Em 2007, ele foi apontado como um dos responsáveis por levar David Beckham ao time de Los Angeles.
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Manchester United
País: Inglaterra
Bilionário: George Soros
Fortuna: US$ 24,9 bilhões
Desde que o bilionário Malcom Glazer morreu, o Manchester não tem um dono de verdade. O norte-americano, que reabriu capital do time inglês em 2012, chegou a ter 98% das participações. Hoje, o site oficial do clube informa que sua família é a única a ter mais de 10% de participação. No entanto, o megainvestidor George Soros já informou que tem, entre seus ativos, quase 8% da equipe. A título de curiosidade: o magnata da mídia Rupert Murdoch também já esteve por trás da equipe, na segunda metade dos anos 90.
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Mônaco
País: França (Mônaco)
Bilionário: Dmitry Rybolovlev
Fortuna: US$ 7,7 bilhões
O maganata russo comprou 66% do Principado, em que ele reside há quase uma década, em 2011. Ele é hoje o 14º maior bilionário da Rússia, logo atrás de Abramovich.
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New England Revolution
País: Estados Unidos
Bilionário: Robert Kraft
Fortuna: US$ 4,8 bilhões
Kraft ganhou grande parte da sua fortuna com outro futebol, o americano. O norte-americano também é dono do New England Patriots, o segundo time mais valioso da NFL, avaliado em US$ 3,2 bilhões.
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Orlando City
País: Estados Unidos
Bilionário: Flávio Augusto da Silva
Fortuna: R$ 1,1 bilhão
Flávio Augusto, um dos mais jovens bilionários do Brasil, vendeu a Wise Up, rede de escolas de inglês que o colocou na lista de FORBES Brasil, por R$ 877 milhões em 2013. Dois anos depois, recomprou-a da Somos Educação (ex-Abril Educação) por R$ 398 milhões. Neste meio tempo, no entanto, ele fez um investimento diferente: a compra do Orlando City por US$ 110 milhões.
Seu objetivo é transformar o time em uma empresa bilionária. Para isso, está fazendo investimentos altos, como a contratação do jogador Kaká e a construção do novo estádio do clube na Flórida, que, quando concluído, será o terceiro maior da liga norte-americana.
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Pachuca
País: México
Bilionário: Carlos Slim
Fortuna: US$ 50,3 bilhões
O homem mais rico da América Latina comprou, em 2012, 30% de três times, os mexicanos Pachuca e Club Léon e o espanhol Real Oviedo, por meio da sua empresa América Móvil. Neste ano, embora seus negócios não andem tão bem, já houve especulações de que ele estava atrás de parte do colombiano Once Caldas.
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Queens Park Rangers
País: Inglaterra
Bilionário: Lakshmi Mittal
Fortuna: US$ 12,1 bilhões
Mittal continua a ser o maior produtor de aço do planeta, embora não seja mais o maior bilionário da Índia. O empresário tem, hoje, cerca de 33% do clube inglês.
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Red Bull Brasil
País: Brasil
Bilionário: Dietrich Mateschitz
Fortuna: US$ 13,7 bilhões
O austríaco fundador da maior marca de energéticos do mundo criou uma rede de times de futebol pelo globo. Além do clube de Campinas, há em Nova York, Salzburg (Áustria) e Gana. No meio esportivo, há ainda a equipe de Fórmula 1 e várias modalidades e eventos de esportes radicais.
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Rennes
País: França
Bilionário: François Pinault
Fortuna: US$ 11,6 bilhões
O quarto maior maior bilionário da França controla tantas marcas de luxo, como Gucci, Stella McCartney, Alexander McQueen e Yves Saint Laurent, que quase ninguém sabe que seu grupo financeiro, Artemis, é dono do Stade Rennais, de sua cidade natal, Rennes.
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Seattle Sounders
País: Estados Unidos
Bilionário: Paul Allen
Fortuna: US$ 17,8 bilhões
O norte-americano cofundador da Microsoft tem participação no time de futebol mais valioso dos EUA, avaliado em US$ 245 milhões.
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Shakhtar Donetsk
País: Ucrânia
Bilionário: Rinat Akhmetov
Fortuna: US$ 2,6 bilhões
Akhmetov, maior bilionário da Ucrânia, comanda o time desde 1996, após o misterioso assassinato do antigo presidente, Akhat Bragin, no então estádio do clube. De lá para cá, o time ganhou nove campeonatos nacionais e uma Copa da UEFA.
Akhmetov também construiu o atual estádio do clube, Donbass Arena, que está servindo, desde 2014, como centro comunitário para auxilio de feridos e desabrigados do conflito local.
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Spartak Moscou
País: Rússia
Bilionário: Leonid Fedun
Fortuna: US$ 4,7 bilhões
Em 2003, a compra do time russo já começou conturbada por um motivo simples: nascido em Kiev (Ucrânia) na época da União Soviética, Fedun sempre torceu para o Dynamo, de sua cidade natal, um dos principais rivais do time de Moscou nos anos do antigo regime.
Ao assumir, ele prometeu colocá-lo “entre os 10 principais clubes da Europa até 2009”. Apesar do seu investimento, que inclui US$ 500 milhões para a construção da Otkrytie Arena, a equipe está longe de chegar ao alto escalão do futebol europeu.
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Sporting Kansas City
País: Estados Unidos
Bilionário: Neal Patterson
Fortuna: US$ 1,48 bilhão
O fundador e CEO de uma das maiores empresas de tecnologia na área de saúde dos Estados Unidos é um dos cinco empreendedores que formam o grupo Sporting KC, dono do clube.
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Tottenham Hotspur
País: Inglaterra
Bilionário: Joe Lewis
Fortuna: US$ 5,5 bilhões
Embora more nas Bahamas e tenha ganhado grande parte da sua fortuna nos Estados Unidos, Lewis é o estereótipo inglês: gosta de cerveja e futebol. Não à toa, seus dois maiores investimentos no país são o Tottenham e a Mitchell’s & Butlers, maior rede de pubs do Reino Unido.
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Valerenga
País: Noruega
Bilionário: John Fredriksen
Fortuna: US$ 9,3 bilhões
Nascido em Oslo, o bilionário mudou a cidadania para a pequena ilha de Chipre, no Mediterrâneo, para fugir dos altos impostos da Noruega. Residente de Londres, ele é fã de futebol declarado. Tanto que, em 2003, comprou a maioria do time de sua terra natal e ajudou a sanar suas dívidas.
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Menção honrosa: Manchester City
País: Inglaterra
Bilionário*: Mansour bin Zayed Al Nahyan
Mansour bin Zayed Al Nahyanl é dono do Abu Dhabi United Group, empresa de capital fechado dos Emirados Árabes que comprou o Manchester City em setembro de 2008. Membro da família real do país, o jovem xeique não é considerado por FORBES um bilionário, mas seu meio-irmão Khalifa bin Zayed Al-Nahyan, presidente dos EAU, não só ocupou lugar na lista na época em que o time foi campeão como é, até hoje, uma das 100 pessoas mais influentes do planeta.
A compra pelo grupo árabe foi uma verdadeira reviravolta para o clube inglês: depois de passear até pela terceira divisão inglesa, no fim da década de 1990, o City ganhou duas Premier Leagues, o que não acontecia desde 1967-1968.
A.C. Milan
País: Itália
Bilionário: Silvio Berlusconi
Fortuna: US$ 7 bilhões
Não é à toa que a figura do Milan e de Silvio Berlusconi se confundem. Neste ano, celebra-se três décadas que o magnata da mídia italiana comprou o clube centenário. Aos 79 anos, ele assumiu que está negociando sua venda, o que pode trazer saudade para muito torcedor rossonero. Por mais controversa que seja sua figura ou seus mandatos como Primeiro Ministro da Itália, sob seu comando, a equipe viu cinco Liga dos Campeões e quatro Campeonatos Mundiais.