Talvez a única coisa mais espantosa do que a aparência de Marshmello – o DJ anônimo que se apresenta com uma máscara branca de pelúcia – seja a quantia que ele arrecada: foram US$ 21 milhões no último ano, graças a uma agenda rigorosa de turnês com cachês de mais de seis dígitos por noite. E esta quantia foi suficiente para que o artista ocupasse apenas o 8º lugar do novo ranking FORBES dos DJs mais bem pagos do mundo.
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Os integrantes da lista arrecadaram, juntos, US$ 298 milhões – um incremento de cerca de 10% sobre os US$ 270,5 milhões de 2016. Muito desse aumento vem de dois estreantes no grupo: Marshmello e a dupla de DJs que formam o The Chainsmokers. Os últimos registraram 2,2 bilhões de streams no último ano, principalmente dos hits “Closer” (parceria com Halsey) e “Something Just Like This” (com Coldplay).
“Nós trabalhamos com artistas porque, para nós, isso faz todo o sentido e porque nos sentimos muito animados com eles”, explicou Alex Pall, do the Chainsmokers, a FORBES no início do ano. “Sempre que trabalhamos com outras pessoas, é porque elas oferecem algo criativo que nos inspira.”
Ainda assim, o nome mais bem pago da nova lista, pela quinta vez consecutiva, é Calvin Harris, que ganhou US$ 48,5 milhões – quase o equivalente à quantia de Marshmello e Chainsmokers juntos. O DJ escocês está no topo do ranking com cachês de seis dígitos por suas apresentações em Las Vegas e de sete por sus participações em festivais. Harris é, ainda, um dos mais bem-sucedidos produtores com parcerias, tendo lançado recentemente “Feels,” com Pharrell Williams, Big Sean e Katy Perry.
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Tiësto, o DJ holandês de 48 anos que tem estado no Top 3 desde a criação da lista, continua a ultrapassar as estrelas da música eletrônica com metade da sua idade. Este ano, na vice-liderança, contabilizou nada menos do que 134 shows e US$ 39 milhões. O The Chainsmokers segue em 3º lugar, com US$ 38 milhões.
O ranking dos melhores DJs revela uma lamentável falta de diversidade: no Top 10, apenas três são mulheres e todos são dos Estados Unidos ou do norte europeu. Existe, entretanto, uma pequena mistura quando se trata de idade: o mais velho, David Guetta (7º lugar, com US$ 25 milhões), de 49 anos, poderia facilmente ser pai de Martin Garrix (9º lugar, com US$ 19,5 milhões), que acabou de completar 21 anos.
Guetta ainda arrecada milhões combinando apresentações em festivais com festas que vão de Ibiza a Las Vegas. Internacionalmente, o DJ fez cerca de 100 performances em 12 meses, passando pela América, Europa, África e Ásia. Ele continua sendo um dos poucos artistas de música eletrônica que possuem sucessos pop, tendo trabalhado com Rihanna, Sia e Usher. “Quando eu comecei, nossa música era desvalorizada”, contou David Guetta a FORBES certa vez. “Não existia a possibilidade de um DJ estar nas rádios.”
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O ranking dos DJs mais bem pagos considerou os rendimentos entre junho de 2016 e junho de 2017. Os valores destinados a agentes, gestores e advogados não foram subtraídos. A FORBES criou a lista com a ajuda de informações de empresas de pesquisa de mercado e da indústria da música como Nielsen, Pollstar, Bandsintown e Songkick, assim como entrevistas com pessoas do ramo e até com alguns dos DJs.
Veja os 10 DJs mais bem pagos de 2017:
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Reprodução/Forbes 10. Zedd (US$ 19 milhões)
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Reprodução/Forbes 9. Martin Garrix (US$ 19,5 milhões)
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Reprodução/Forbes 8. Marshmello (US$ 21 milhões)
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Reprodução/Forbes 7. David Guetta (US$ 25 milhões)
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Reprodução/Forbes 6. Diplo (US$ 28,5 milhões)
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Reprodução/Forbes 5. Steve Aoki (US$ 29,5 milhões)
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Reprodução/Forbes 4. Skrillex (US$ 31 milhões)
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Reprodução/Forbes 3. The Chainmoskers (US$ 38 milhões)
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Reprodução/Forbes 2. Tiësto (US$ 39 milhões)
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Reprodução/Forbes 1. Calvin Harris (US$ 48,5 milhões)
10. Zedd (US$ 19 milhões)