Após muita negociação, hoje (14), foi anunciada a compra da Twenty-First Century Fox pela Disney, por US$ 52,4 bilhões. O acordo inclui os estúdios das mega-produções da “Marvel” e o desenho animado “Os Simpsons”. Não estão inclusas na operação as redes de televisão do Grupo Fox, como o noticioso Fox News e o esportivo Fox Sports.
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A iniciativa da Disney é vista como uma estratégia de fortalecimento nos serviços de streaming, onde a Netflix reina. A Fox detém uma participação na plataforma Hulu, junto à Comcast Corp e à Time Warner. Agora, a Disney também assume essa fatia.
Os US$ 52 bilhões envolvidos na transação espantam, mas ainda estão longe de representar a maior fusão e aquisição da história, que ocorreu no final do século 20. Cinco das dez maiores sinergias entre grandes empresas ocorreram nos últimos quatro anos, e todas, nas últimas duas décadas.
Veja na galeria de fotos a seguir as 10 maiores operações de fusão e aquisição da história:
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Getty Images 8. ExxonMobil
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 393,1 bilhões
Lucro: US$ 61,6 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 369,3 bilhões
Valor de mercado: US$ 439,3 bilhões -
Getty Images 9. Compra da Time Warner pela AT&T (2016)
A empresa de telefonia AT&T adquiriu o conglomerado de mídia Time Warner, em outubro 2016, por US$ 85 bilhões, mas a compra ainda não foi concretizada. O Departamento de Justiça dos EUA, sob o comando da administração de Donald Trump, entrou com uma ação em novembro de 2017 para impedir o negócio. Os Democratas acusam Trump de impedir a fusão devido às sucessivas críticas que o mandatário recebe da CNN, de propriedade da Time Warner. A alegação oficial do Departamento de Justiça é impedir a consolidação de um conglomerado que seja uma das maiores fornecedoras de internet e TV paga nos EUA (AT&T), contando com um amplo catálogo de filmes e canais de televisão aberta e fechada (Time Warner).
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Getty Images 8. Compra do ABN Amro pelo RFS Holding (2007)
Em 2007, os primeiros efeitos da crise financeira do sub-prime já aconteciam, o que fragilizou o balanço do banco holandês ABN Amro. Essa foi a oportunidade para o grupo liderado pelo britânico Royal Bank of Scotland (RBS) comprar o ABN, por US$ 98 bilhões, com uma subscrição do governo britânico de US$ 20 bilhões. O consórcio era composto pelo RBS, o espanhol Santander e o belga Fortis.
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Getty Images 7. Fusão da Heinz com a Kraft (2015)
Outra fusão em que teve a digital de Lemann e seus sócios da 3G Capital. Dessa vez, a Heinz fechou um acordo de fusão com a Kraft e criou a quinta maior companhia de alimentos e bebidas do mundo, avaliada, na época, entre US$ 70 bilhões e US$ 100 bilhões.
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Getty Images 6. Compra da Warner-Lambert pela Pfizer (1999)
A Pfizer não mediu esforços para incorporar a farmacêutica e empresa de higiene pessoal Warner-Lambert, por US$ 111,8 bilhões, o que a tornou, na época, a maior farmacêutica dos EUA e a quinta do mundo.
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Getty Images 5. Compra da SABMiller pela Anheuser-Busch InBev (2015)
As maiores cervejarias do mundo se uniram após a Anheuser-Busch InBerv, a maior empresa do ramo, e com Jorge Paulo Lemann como um dos acionistas, adquirir a britânica SABMiller, a segunda do setor, por US$ 130 bilhões em ações e dívidas. A operação resultou em uma empresa com o valor de mercado de US$ 270 bilhões.
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Getty Images 4. Fusão da Dow Chemical com a DuPont (2015)
As norte-americanas Dow Chemical e DuPont resolveram se juntar, em dezembro de 2015, para formar um gigante do setor químico avaliado em US$ 130 bilhões. Sob o nome DowDuPont, o grupo criou três empresas independentes: uma com foco em agricultura, outra em especialidades químicas e a terceira em ciências dos materiais. A fusão foi concretizada em setembro de 2017.
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Getty Images 3. Compra de 45% da Verizon Wirelles pela Verizon Communications (2013)
A empresa de telefonia americana Verizon Communications adquiriu, em setembro de 2013, 45% da participação da Vodafone na operadora móvel Verizon Wireless, por US$ 130 bilhões. Assim, a Verizon obtinha 100% do controle da operadora móvel mais lucrativa dos EUA.
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Getty Images 2. Compra da Time Warner pela AOL (2000)
O anúncio da compra do conglomerado de mídia Time Warner pela provedora de acesso à internet America On-Line (AOL) tomou as manchetes dos principais noticiários do mundo, em janeiro de 2000, pois uma empresa da Nova Economia incorporava uma tradicional por US$ 165 bilhões em ações. A AOL só pôde realizar a compra, entretanto, por surfar na bolha da internet, que estourou três meses depois. A desvalorização das ações da AOL e seus problemas operacionais levaram à separação das empresas, em 2009.
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Getty Images 1. Compra da Mannesman pela Vodafone (1999)
Vodafone Group é a maior operadora de celular do Reino Unido e, em 1999, adquiriu a maior empresa de telefonia da Alemanha, por US$ 180,95 em ações, após três meses de longas e difíceis negociações. Especialistas na época apontaram que o negócio ocorreu depois de a Mannesman adquirir a Orange, então a terceira maior operadora móvel na Grã-Bretanha, o que seria uma ameaça à liderança da Vodafone.
8. ExxonMobil
Origem: Estados Unidos
Vendas: US$ 393,1 bilhões
Lucro: US$ 61,6 bilhões
Ativos sob gestão: US$ 369,3 bilhões
Valor de mercado: US$ 439,3 bilhões