Com o surgimento dos CDs piratas e dos downloads ilegais, o modelo tradicional de negócio do setor musical entrou em colapso para gravadoras e produtores durante os primeiros anos deste século. O CD já havia cumprido seu papel e os downloads de música ainda não eram grandes o suficiente para compensar as perdas. A indústria fonográfica tinha poucas soluções e lutava para desenvolver canais de distribuição eficazes na era digital.
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Nos últimos anos, o surgimento do streaming sob demanda foi uma possível solução para os problemas da indústria fonográfica que, depois de anos de declínio, voltou a crescer. Porém, apesar de ser o caminho certo a seguir, os serviços de streaming, a exemplo do Spotify, costumavam receber críticas por não pagar os artistas adequadamente.
Um único stream, de fato, tem um valor muito baixo. No entanto, existe uma diferença substancial entre os serviços que competem pelo dinheiro dos ouvintes. Enquanto o Spotify está constantemente interessado em cortar royalties, fornecedores como Tidal ou Apple Music estão oferecendo taxas substancialmente mais altas para os artistas.
Com quase metade (47%) do mercado de streams, o Spotify paga o terceiro valor mais baixo por música reproduzida, segundo a The Trichordist.
Veja, na galeria abaixo, os valores brutos pagos pelas plataformas de streaming por transmissão:
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1. YouTube – Com 8,4% do mercado de streaming musical, a plataforma paga aos artistas US$ 0,00074, por faixa transmitida
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2. Pandora – Ainda não disponível no Brasil, o serviço possui a segunda maior fatia do mercado mundial de streaming. O aplicativo repassa US$ 0,00134 por transmissão
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3. Spotify – Responsável por quase metade (47%) do total de reproduções sob demanda, a plataforma paga ao artista o terceiro valor mais baixo, US$ 0,00397 por título transmitido
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4. Google Play Music – Detentora de 2,4% do mercado, o aplicativo remunera os artistas em US$ 0,00611 por transmissão
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5. Deezer – Ainda pouco difundida, a plataforma detém 1,9% das transmissões e repassa aos artistas US$ 0,00624
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6. Amazon – Dona de 44% do e-commerce norte-americano, a varejista conta com a plataforma Amazon Music Unlimited, responsável por 1,9% do mercado. O repasse aos artistas é de US$ 0,00740 por faixa transmitida
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7. Apple Music – Com 10,5% do market share e 38 milhões de assinantes em fevereiro, a plataforma repassa US$ 0,00783 por transmissão
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8. Tidal – Responsável por apenas 0,5% do mercado de streaming musical, a plataforma paga o terceiro valor mais alto por faixa transmitida: US$ 0,01284
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9. Rhapsody – A empresa tem uma participação de mercado de apenas 0,3%, mas repassa o segundo maior valor por título transmitido: US$ 0,01682
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10. Xbox Music – Com a menor participação no market share de streaming musical (0,1%), o aplicativo tem a melhor remuneração para os artistas: US$ 0,02730
1. YouTube – Com 8,4% do mercado de streaming musical, a plataforma paga aos artistas US$ 0,00074, por faixa transmitida