Foi um ano turbulento para muitos investidores em todo o mundo, uma vez que os mercados de ações foram abalados por eventos como o Brexit e as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
VEJA TAMBÉM:12 bilionários mais jovens dos Estados Unidos
Em meio à incerteza, muitas fortunas bilionárias diminuíram. Entre as perdas, a mais expressiva foi a do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, que teve um ano terrível em meio a escândalos internos e publicidade negativa. Ele foi o único norte-americano entre os donos dos 10 patrimônios que mais se desvalorizaram – metade deles está na Ásia.
Ainda assim, muitos bilionários resistiram à tendência de queda. Bill Gates e Steve Ballmer faturaram US$ 6,3 bilhões graças a uma alta nas ações da Microsoft. Vários russos ficaram mais ricos à medida que os lucros cresceram em suas empresas de petróleo e gás. Mas o maior ganhador do ano, por uma grande margem, foi o fundador e CEO da Amazon, Jeff Bezos, cuja fortuna subiu US$ 28 bilhões, chegando a US$ 126,2 bilhões, entre 29 de dezembro de 2017 e 17 de dezembro de 2018 – período usado pela FORBES para mensurar ganhos e perdas.
Bezos acumulava ainda mais no início de setembro, quando sua fortuna chegou a US$ 167 bilhões. No total, os 10 maiores ganhadores do mundo adicionaram um total de US$ 64 bilhões às suas fortunas nos últimos 12 meses. O número, no entanto, foi muito menor do que o registrado em 2017, quando as fortunas combinadas do Top 10 aumentaram em US$ 204 bilhões.
Veja, na galeria de fotos abaixo, os 10 maiores ganhadores e os 10 maiores perdedores de 2018:
-
GettyImages Ganhos
-
GettyImages 1. Jeff Bezos
Ganhos: US$ 27,9 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 127,2 bilhões
A Amazon não só expandiu para mercados emergentes como Turquia e Índia em 2018, mas também registrou lucros recordes e anunciou sua segunda sede em Nova York e Arlington, Virgínia. As ações da gigante do e-commerce registraram altas históricas em setembro. Desde então, caiu cerca de um quarto, uma vez que as vendas não atingiram as expectativas, mas ainda está 30% mais alta do que no ano passado.
-
GettyImages 2. Tadashi Yanai
Ganhos: US$ 7 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 27,1 bilhões
As ações da companhia do bilionário japonês Fast Retailing, controladora da cadeia de moda Uniqlo, aumentaram em cerca de um terço desde dezembro de 2017. A empresa também informou que as vendas internacionais da marca superaram as domésticas pela primeira vez em seu ano fiscal de 2018, que terminou em agosto.
-
GettyImages 3. Vagit Alekperov
Ganhos: US$ 4,6 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 19,5 bilhões
A Lukoil, onde Alekperov é CEO, constatou um forte aumento nos lucros em 2018 até o momento, graças à alta nos preços do petróleo e do gás, e um rublo russo mais fraco. As ações registraram ganho de 29% desde o ano passado.
-
Anúncio publicitário -
GettyImages 4. Rupert Murdoch
Ganhos: US$ 4,6 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 19,3 bilhões
Embora as ações da News Corp., de Murdoch, detentora do “The Wall Street Journal” e “New York Post” -, tenham caído quase 26% no ano passado, os papéis de sua maior holding, a 21st Century Fox, saltou 42% por causa da mega fusão com a Disney que deve ser concluída no primeiro semestre de 2019.
-
GettyImages 5. Leonid Mikhelson
Ganhos: US$ 4 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 21,4 bilhões
O preço das ações da Novatek, um dos maiores produtores independentes de gás natural e petróleo bruto da Rússia, aumentou drasticamente em 65% devido aos preços domésticos mais altos e à crescente demanda internacional. Mikhelson, que tem uma participação de 25% na companhia, é presidente do conselho de administração.
-
GettyImages 6. Gennady Timchenko
Ganhos: US$ 3,8 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 18,9 bilhões
Timchenko tem participações em vários negócios russos, incluindo 23% da produtora de gás natural Novatek, cujas ações subiram este ano, e uma participação de 17% na empresa petroquímica privada Sibur. O bilionário, que tem laços estreitos com o presidente Putin, vendeu sua participação na trading Gunvor a seu sócio um dia antes de ser atingido pelas sanções dos EUA em 2014.
-
GettyImages 7. Steve Ballmer
Ganhos: US$ 3,4 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 40,7 bilhões
Ballmer disse, no início deste ano, que manteve sua participação na Microsoft, onde foi CEO de 2000 a 2014. Uma boa escolha, visto que as ações da empresa de software cresceram 20% em 2018, principalmente devido ao aumento de receita de dois dígitos dada à expansão em serviços de nuvem comercial.
-
GettyImages 8. Mukesh Ambani
Ganhos: US$ 3 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 44,4 bilhões
A pessoa mais rica da Índia encerra um excelente ano. A mega aposta de US$ 33 bilhões da Reliance Industries no Jio, um serviço de banda larga 4G, atraiu mais de 250 milhões de clientes desde o lançamento em 2016. As ações da Reliance aumentaram 23% no ano passado. Em dezembro, Ambani realizou um dos maiores casamentos da Índia de todos os tempos para sua filha Isha.
-
GettyImages 9. Bill Gates
Ganhos: US$ 2,9 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 93,9 bilhões
Antes de Bezos tirá-lo do topo, Gates foi a pessoa mais rica dos EUA por 24 anos. Mesmo quatro anos após deixar o cargo de chairman e ter vendido grande parte de sua participação na Microsoft, o magnata ainda hoje recebe rendimentos provenientes das ações.
-
GettyImages 10. Elon Musk
Ganhos: US$ 2,8 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 22,5 bilhões
Embora os tuítes de Musk tenham lhe causado problemas em 2018 – que inclui uma multa de US$ 20 milhões pela SEC -, o preço das ações da Tesla está terminando o ano em alta em meio às vendas do popular carro elétrico Model 3. Quase metade dos ganhos no patrimônio líquido de Musk veio do aumento do valor da empresa aeroespacial privada SpaceX, onde o empresário é acionista majoritário.
-
GettyImages Perdas
-
GettyImages 1. Mark Zuckerberg
Perdas: US$ 18,7 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 52,5 bilhões
Um dia depois de o Facebook ter divulgado resultados decepcionantes no segundo trimestre, em julho, as ações da empresa caíram 19%, o que resultou em US$ 15,4 bilhões a menos na fortuna de Zuckerberg. Outros fatores contribuíram para o declínio da empresa em 2018: o Congresso interrogou Zuckerberg sobre o uso de dados do Facebook em abril, e, em novembro, o “The New York Times” revelou que a rede social pagou uma empresa de relações públicas para divulgar informações negativas sobre George Soros, que anteriormente havia criticado a plataforma.
-
GettyImages 2. Amancio Ortega
Perdas: US$ 16,2 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 59,6 bilhões
O crescimento diminuiu na varejista de roupas Inditex, que foi fundada por Ortega em 1975 e é conhecida principalmente por sua cadeia de fast fashion Zara. O preço das ações caiu ao longo do ano em meio a relatórios de pressão sobre a margem e análises desanimadores.
-
GettyImages 3. Georg Schaeffler
Perdas: US$ 14 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 12,4 bilhões
Uma década depois que a Schaeffler Auto – de propriedade de Georg Schaeffler e sua mãe – assumiu a Continental AG, fabricante de pneus e autopeças da Alemanha, a queda nas vendas de carros na Europa e na China afetou a companhia. Em novembro, a Continental anunciou um crescimento nas vendas de pouco menos de 1% em 2018, comparado a 8,5% em 2017. As ações caíram cerca de 46% em relação ao período anterior.
-
GettyImages 4. Ma Huateng
Perdas: US$ 10,1 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 35,1 bilhões
Este tem sido um ano difícil para a gigante de internet Tencent, liderada por Ma Huateng, que já foi a pessoa mais rica da China. As ações caíram mais de 25% após o congelamento nas aprovações de novos jogos e uma queda nos lucros trimestrais. Em meados de dezembro, listou sua subsidiária de streaming de música, a Tencent Music Entertainment, na Bolsa de Valores de Nova York.
-
GettyImages 5. Carlos Slim Helú
Perdas: US$ 9,3 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 56,8 bilhões
O dólar mais forte em 2018 prejudicou os mercados emergentes e as moedas da América Latina, onde a America Movil, de Helú, é a maior empresa de telecomunicações. O preço de suas ações caiu 19% no ano passado.
-
GettyImages 6. Jorge Paulo Lemann
Perdas: US$ 9,2 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 20 bilhões
No final de outubro, a Anheuser-Busch InBev – da qual Lemann é acionista majoritário – anunciou um corte de 50% no dividendo proposto para 2018, depois de reportar queda nas vendas de cerveja. Ele também é dono de uma participação na empresa de alimentos e bebidas Kraft Heinz, que atingiu um ponto crítico: o lucro líquido caiu 33% no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior.
-
GettyImages 7. Charoen Sirivadhanabhakdi
Perdas: US$ 7,24 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 12,8 bilhões
As ações da empresa de bebidas alcoólicas Thai Beverage caíram 39% no ano passado em meio à queda nos lucros. A companhia, na qual Sirivadhanabhakdi tem participação majoritária, citou um forte mercado interno de consumidores mais cautelosos e de baixa renda como razões para a queda.
-
GettyImages 8. Pollyanna Chu
Perdas: US$ 7,2 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 2 bilhões
O Kingston Financial Group, do empresário de Hong Kong, perdeu mais de três quartos de seu valor de mercado no ano passado, enquanto a companhia de serviços financeiros e de cassino registrou uma queda de 35% no lucro líquido em seis meses até setembro de 2018.
-
GettyImages 9. Wang Wei
Perdas: US$ 6,7 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 13 bilhões
Apelidada de “Fedex da China”, a empresa de serviços de entrega S.F. Holding viu suas ações caírem mais de 30% nos últimos 12 meses em conjunto com as quedas nas grandes empresas de comércio eletrônico do país. Wei, que preside a empresa sediada em Shenzhen, possui mais de 60% das ações.
-
GettyImages 10. Zhou Qunfei
Perdas: US$ 6,3 bilhões
Patrimônio líquido: US$ 3,5 bilhões
Zhou, que já foi a mulher self-made com a maior fortuna do mundo, está entre as vítimas da guerra comercial: as ações da sua fábrica de telas de vidro para celular Lens Technology caiu a uma taxa colossal de 64% no ano passado. Uma liminar judicial chinesa anunciada em dezembro que proíbe a venda de modelos de iPhone mais antigos só deve agravar seus problemas.
Ganhos
Baixe o app na Play Store ou na App Store.