- Índice preparado pelo IESE analisa 174 cidades, de 80 países, por meio de nove categorias consideradas fundamentais para o nível de desenvolvimento das cidades;
- Londres ocupa primeiro lugar no ranking geral;
- Europa se destaca com 7 países no top 10.
Londres foi considerada a cidade mais inteligente do mundo, segundo a sexta edição do IESE Cities in Motion Index 2019.
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Elaborado pelo Centro de Globalização e Estratégia do Instituto de Estudos Superiores da IESE, sob a direção dos professores Pascual Berrone e Joan Enric Ricart, o índice analisa o nível de desenvolvimento de 174 cidades de 80 países. As cidades foram classificadas em nove dimensões consideradas fundamentais para uma vida verdadeiramente sustentável na cidade: capital humano (cultivo, desenvolvimento e atração de talentos), coesão social (consenso entre os diferentes grupos sociais de uma cidade), economia, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional , tecnologia e mobilidade e transporte (facilidade de movimento e acesso a serviços públicos).
Em vez de possuir apenas um aspecto (como tecnologia ou sustentabilidade ambiental), para ter um bom desempenho no índice uma cidade é necessário se destacar em mais de um recorte. Joan Enric Ricart, professor da IESE Business School e coautor do relatório, diz que isso reflete o fato de que “uma cidade verdadeiramente inteligente é aquela que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de seus moradores, o que significa garantir sustentabilidade econômica, social e ambiental”.
Hegemonia europeia
Com sete cidades no Top 10, a Europa é a região que lidera o ranking. Segundo o relatório, as cidades europeias são as que mais pontuam em termos de qualidade de vida e sustentabilidade. Analisando as 50 primeiras posições, o domínio da Europa continua evidente, com mais de metade das cidades (28) na lista. Depois da Europa vem a América do Norte, com 13 cidades. Em geral, as cidades norte-americanas tendem a se destacar por suas forças econômicas e de capital humano, enquanto as cidades europeias ganham pontos por sua coesão social, transporte (mobilidade) e gestão pública.
Logo após a América do Norte vem a Ásia, com cinco cidades no Top 50; e a Oceania, onde a cidade mais bem classificada é Sydney (19). Logo atrás estão os líderes da América Latina e da África: Santiago (66) e Casablanca (155), respectivamente.
Como as cidades podem melhorar
Como mostrado pelo índice, não existe uma cidade perfeita. Apenas um grupo de elite consegue pontuar relativamente bem em quase todas as nove categorias da vida urbana avaliadas.
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Os professores Berrone e Ricart enfatizam que os gestores municipais devem ter uma visão de longo prazo, a fim de estabelecer as prioridades certas para a construção de uma cidade sustentável. Eles também alertam que, sem o envolvimento dos cidadãos, qualquer estratégia, por mais inteligente ou global que seja, será destinada ao fracasso.
Para ver como essas cidades funcionam, um site interativo permite que a busca das informações desejadas no índice e a comparação de duas cidades ao mesmo tempo.
Veja na galeria de fotos abaixo, as 10 cidades mais inteligentes do mundo em 2019
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1. Londres (Inglaterra)
Apesar de ainda não se saber as consequências do impacto do Brexit no país, Londres lidera o ranking neste ano graças a seus excelentes resultados em quase todas as áreas analisadas pelo índice. Ele ocupa o 1º lugar em capital humano (graças a seu alto número de escolas de negócios e universidades de qualidade), assim como no alcance internacional, e está entre os top 10 em mobilidade e transporte (3), governança (7), tecnologia (8) e planejamento urbano (9). Seu pior desempenho foi no aspecto da coesão social (45).
A capital britânica recebe mais start-ups e programadores do que qualquer outra cidade do mundo e possui uma plataforma de dados aberta (London Datastore), usada por mais de 50.000 pessoas, empresas, pesquisadores e desenvolvedores todos os meses. Sua inovação em relação ao transporte levou à instalação das Heathrow pods, cabines que funcionam como meio de locomoção para ir até o Aeroporto de Heathrow, um dos mais movimentados do planeta. A cidade também investe em um dos maiores projetos de construção da Europa, o Crossrail, que irá inaugurar 10 novas linhas de trem à cidade para conectá-la a 30 estações já existentes até o final do ano.
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2. Nova York (EUA)
A Big Apple está em segundo lugar devido à sua posição de liderança na dimensão econômica (1), além de estar entre as primeiras posições em capital humano (3), planejamento urbano (2), alcance internacional (8), tecnologia (11) e mobilidade e transporte (5).
Além de ser o centro econômico mais importante do mundo, Nova York abriga quase 7.000 empresas de alta tecnologia e se destaca por seus serviços integrados de tecnologia, como o serviço gratuito de Wi-Fi LinkNYC. No entanto, enquanto a economia de Nova York cresce bastante, sua coesão social ainda deixa muito a desejar (na posição 137, perto do final da lista neste critério).
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3. Amsterdã (Holanda)
A combinação da tecnologia financeira, eficiência energética e cultura faz de Amsterdã uma importante potência europeia, segundo o índice. Cerca de 90% das famílias em Amsterdã têm bicicletas, e há um sistema avançado de serviços automatizados para o uso público de bicicletas compartilhadas. Além disso, foi lançado recentemente um projeto para banir carros movidos a gasolina e a diesel até 2025, o que tornará Amsterdã a primeira cidade com emissões zero de gases poluentes da Europa.
Além de apresentar um bom desempenho geral no índice, a cidade também está entre as 20 melhores nas dimensões de economia, tecnologia, planejamento urbano, alcance internacional e mobilidade e transporte.
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4. Paris (França)
Paris é, assim como Londres, um dos centros financeiros mais importantes da Europa. Está em quarto lugar no ranking geral e se destaca nas dimensões de economia (posição 8), capital humano (6), alcance internacional (3), tecnologia (15) e mobilidade e transporte (4).
A Cidade da Luz trabalha para promover o transporte limpo, por meio do uso de bicicletas e veículos elétricos e é uma cidade caracterizada por ser aberta à inovação, e oferece ao público acesso ao fluxo de dados da cidade. Pala aplicação da Internet das Coisas (IoT), ela procura otimizar os fluxos de pessoas e veículos na cidade. O projeto Grand Paris Express é uma das maiores reformas do transporte na Europa, que vai repensar e redesenhar a rede de transporte na área metropolitana da cidade, ao acrescentar quatro linhas de metrô, 200 quilômetros de novas linhas ferroviárias e 68 novas estações completamente interconectadas, todas com um sistema de metrô 100% automático.
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5. Reykjavik (Islândia)
Apesar de ser uma das menores cidades incluídas no índice, Reykjavik supera as expectativas e ocupa a quinta posição no ranking geral. Pelo segundo ano consecutivo, a cidade mais populosa da Islândia também lidera na dimensão ambiental.
Notavelmente, mais de 99% da produção de eletricidade e quase 80% da produção total de energia de Reykjavik vêm da energia hidrelétrica e geotérmica, o que torna seus edifícios e construções naturalmente verdes. A cidade também apresentou um documento de política climática com um plano de ação em que as metas são estabelecidas para uma cidade com emissão zero de carbono até 2040.
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#5
Planejamento Urbano Resiliente
O planejamento urbano resiliente leva em consideração os riscos de desastres naturais ao planejar o desenvolvimento de cidades. Isso pode envolver a criação de zonas úmidas para absorver o excesso de água da chuva, o plantio de árvores para fornecer sombra e proteção contra o vento e a construção de infraestrutura em áreas elevadas que são menos propensas a inundações. -
7. Cingapura
A cidade-Estado é a melhor em tecnologia (no primeiro lugar nessa categoria), além de ocupar a posição 4 em alcance internacional. Em Cingapura, tudo gira em torno da tecnologia. Há uma rede de fibra ótica por todo território da ilha e hospitais robotizados, táxis autônomos e jardins verticais e fazendas que auto regulam a temperatura, ao absorver e dispersar o calor durante a coleta da água da chuva.
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8. Copenhague (Dinamarca)
A cidade dinamarquesa conquista o oitavo lugar no índice. Com o comprometimento em reduzir a emissão de carbono até 2025, não é uma surpresa que a cidade se destaque pelo seu bom desempenho em questões ambientais e chegue ao terceiro lugar do ranking. Também está no Top 25 em tecnologia (10), coesão social (11), governança (12), alcance internacional (16), mobilidade e transporte (25) e economia (25).
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9. Berlim (Alemanha)
Berlim ocupa o nono lugar no ranking geral, em grande parte graças à sua alta pontuação nos quesitos capital humano (5), alcance internacional (5), governança (6) e mobilidade e transporte (7). A cidade alemã está no Top 50 de todas as categorias. As posições mais baixas são nas dimensões de economia (50) e meio ambiente (47.)
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10. Viena (Áustria)
A capital austríaca está entre no Top 10, com melhor desempenho em mobilidade e transporte (7), assim como no alcance internacional (7). A cidade também ocupa o Top 25 em tecnologia (13), meio ambiente (15) e capital humano (23.)
1. Londres (Inglaterra)
Apesar de ainda não se saber as consequências do impacto do Brexit no país, Londres lidera o ranking neste ano graças a seus excelentes resultados em quase todas as áreas analisadas pelo índice. Ele ocupa o 1º lugar em capital humano (graças a seu alto número de escolas de negócios e universidades de qualidade), assim como no alcance internacional, e está entre os top 10 em mobilidade e transporte (3), governança (7), tecnologia (8) e planejamento urbano (9). Seu pior desempenho foi no aspecto da coesão social (45).
A capital britânica recebe mais start-ups e programadores do que qualquer outra cidade do mundo e possui uma plataforma de dados aberta (London Datastore), usada por mais de 50.000 pessoas, empresas, pesquisadores e desenvolvedores todos os meses. Sua inovação em relação ao transporte levou à instalação das Heathrow pods, cabines que funcionam como meio de locomoção para ir até o Aeroporto de Heathrow, um dos mais movimentados do planeta. A cidade também investe em um dos maiores projetos de construção da Europa, o Crossrail, que irá inaugurar 10 novas linhas de trem à cidade para conectá-la a 30 estações já existentes até o final do ano.