
Em meio à recente onda de tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, a queda dos mercados globais e a incerteza econômica generalizada, consumidores ao redor do mundo estão mais determinados do que nunca a escolher um banco em que possam confiar. No entanto, avaliar quais instituições financeiras são capazes de atender às necessidades dos clientes não é uma tarefa simples.
Para facilitar essa escolha, a Forbes, em parceria com a empresa de pesquisa de mercado Statista, elaborou o ranking dos Melhores Bancos do Mundo, com base nas respostas de mais de 50 mil pessoas, em 34 países e 17 idiomas diferentes. Entre os 385 bancos selecionados pela Forbes dos EUA, 8 são brasileiros — 6 deles com sede em São Paulo.
Os representantes do Brasil refletem bem o atual momento do setor bancário nacional, com uma combinação de instituições tradicionais e fintechs — estas últimas, surgidas nos últimos anos.
Entre outubro e dezembro de 2024, os participantes da pesquisa foram convidados a avaliar bancos nos quais atualmente mantêm conta corrente ou poupança, nos quais já tiveram conta nos últimos três anos ou que conhecem por meio de familiares e amigos. Qualquer banco que oferecesse conta corrente ou poupança estava apto a ser avaliado. Você pode conferir a lista completa clicando neste link.
Os entrevistados compartilharam seu nível de satisfação com cada banco, além da probabilidade de recomendá-lo a outras pessoas. Também atribuíram notas às instituições com base em cinco critérios: confiabilidade, termos e condições (como tarifas e taxas), atendimento ao cliente (tempo de espera e eficiência dos funcionários), serviços digitais (facilidade de uso das ferramentas online) e qualidade do aconselhamento financeiro. Por fim, os participantes classificaram esses cinco critérios de acordo com o grau de importância que atribuem a cada um, e os pesos das categorias foram ajustados com base nessas prioridades.
A confiabilidade — talvez sem surpresa — foi considerada o aspecto mais importante de um banco entre os entrevistados de todos os países.
Todos esses elementos da pesquisa foram considerados em um sistema de pontuação, no qual respostas de ex-clientes (dos últimos três anos) e de pessoas que conhecem os bancos por meio de terceiros tiveram peso menor. Já as respostas de clientes atuais receberam o maior peso. A análise também incluiu os resultados do ano anterior, com um peso reduzido, para considerar o desempenho das instituições ao longo do tempo. Com isso, os bancos com as pontuações finais mais altas em seus respectivos países foram incluídos no ranking, que conta com 385 instituições financeiras ao redor do mundo. Vale destacar que o número de bancos listados por país varia conforme a população local e o tamanho do setor bancário.
Chama atenção o fato de que 265 bancos da lista do ano passado foram novamente selecionados neste ano, o que demonstra um desempenho consistentemente elevado. Além disso, 18 instituições conseguiram manter a primeira colocação em seus respectivos países. Para saber mais sobre essas instituições, assim como todas as outras presentes no ranking, confira a lista completa com os 385 bancos logo abaixo.
O número 1 do Brasil
A instituição número 1 tanto no México quanto no Brasil foi o Nubank, um de tantos bancos digitais que aparecem na lista global. Com 100 milhões de clientes no Brasil (cerca de metade da população adulta do país), o banco é conhecido por sua abordagem centrada no cliente. Os “Nubankers” (como a empresa chama seus funcionários) ouvem atentamente o que os clientes dizem, e o banco melhora constantemente seus serviços com base nesse feedback.
“Todos os Nubankers são convidados a acompanhar periodicamente o atendimento ao cliente para realmente entender o tipo de feedback que estamos recebendo na ponta”, diz David Vélez, fundador e CEO do Nubank. “A liderança do Nubank, inclusive eu, participa regularmente.” E essa insistência em ouvir deu resultado: o Banco Central do Brasil, que regula o Nubank, registrou o menor número de reclamações entre as 15 maiores instituições financeiras nos dois últimos trimestres de 2024.
“Ser 100% digital também nos permite oferecer produtos sem tarifas e com algumas das menores taxas de juros do mercado”, afirma Vélez. “Estamos confiantes de que, ao priorizar o que é melhor para nossos clientes, estamos conquistando sua lealdade por décadas.”
Confira os 8 bancos brasileiros selecionados pela Forbes US:
- Nubank
Fundação: 2013
Colaboradores: 7.686
CEO Global: David Vélez - Pagbank
Fundação: 2006
Colaboradores: 8.849
CEO: Alexandre Magnani - Inter&Co
Fundação: 1994
Colaboradores: 2.300
CEO: João Vitor Menin - Itaú Unibanco
Fundação: 1924
Colaboradores: 92.900
CEO: Milton Maluhy Filho - Sicredi
Fundação: 1995
Colaboradores: 45.000
CEO: César Gioda Bochi - Banco BTG Pactual
Fundação: 1983
Colaboradores: 5.556
CEO: Roberto Sallouti - Bradesco
Fundação: 1943
Colaboradores: 86.222
CEO: Octavio de Lazari - Banco Sofisa
Fundação: 1961
Colaboradores: 866
CEO: Alexandre Burmaian