Você certamente já ouviu falar do Super Bowl. A final da NFL, campeonato de futebol americano, é um dos eventos mais famosos do mundo esportivo. O executivo da NBC Seth Winter causou polêmica quando disse a repórteres em uma conferência recente que a rede já havia vendido 95% do seu inventário de anúncios, com intervalos de 30 segundos vendidos por um recorde de US$ 4,5 milhões cada um. E Winter disse que o preço pedido foi uma pechincha. Segundo ele, na verdade, o verdadeiro valor da inserção está mais perto de US$ 10 milhões.
“Fizemos uma análise em torno do Super Bowl do ano passado e o resultado mostrou que, com toda a pré-distribuição de vídeo e pós-jogo, mais relações públicas e tudo aquilo que os anunciantes usaram para ativar o comercial, a inserção valeria em média US$ 10 milhões”, afirmou Winter.
O executivo não sugere, é claro, que um comercial do Super Bowl deveria ser vendido por US$ 10 milhões. Mas será que esse valor é real?
Os US$ 10 milhões são baseados em alguns fatores. O primeiro é a audiência de televisão. O jogo do ano passado contava com cerca de 112 milhões de telespectadores. Além disso, pesquisas mostraram que anúncios do Super Bowl são lembrados depois do evento. Afinal, o que outra atração têm telespectadores dispostos a assistir os comerciais exibidos no intervalo?
E isso é só na TV. O segundo componente é a mídia social, o que, entre YouTube, Facebook e Twitter, acrescenta outras 19 milhões de visualizações. Tenha em mente que isso é apenas uma média e que os anúncios particularmente bem-sucedidos podem ir muito melhor on-line. Outro ponto é o valor gerado pela ampla cobertura da mídia dos comerciais do jogo.
Isso também não quer dizer que todas as empresas deveriam investir nos comerciais do Super Bowl, mas sim que nenhuma outra atração de TV permite que os anunciantes entendam tanto o valor de cada centavo gasto.