A desigualdade entre gêneros no mundo dos negócios é um fato. Das 1826 pessoas mais ricas do planeta, só 11% são mulheres. No Brasil, não há uma representante sequer no Top 10.
Mas isso está mudando. Segundo uma pesquisa da Serasa Experian, existem cinco milhões de mulheres empreendedoras no Brasil, o que significa que 8% da população feminina do país está envolvida com algum tipo de negócio. Há dez anos, este era um dado inimaginável.
Irene Nagashima faz parte dessa estimativa. “O mercado de trabalho está mais favorável”, afirma a empresária, fundadora da CineMaterna, ONG que cria sessões de cinema adaptadas para mães com crianças. “As mulheres estão buscando seus direitos e repensando suas carreiras.”
Apesar do cenário ainda relutante em relação às mulheres em cargos de liderança, Irene acredita que, independente do gênero, é preciso ter senso administrativo e, acima de tudo, experimentar. “As pessoas precisam tirar as ideias do papel, isso é o mais importante a ser feito.”
Allessandra Ferreira é outro nome integrante dos 8%. Fundadora da empresa de coaching AlleaoLado, a empreendedora acredita que é, sim, possível ser mãe, ocupar um cargo de liderança e desempenhar um excelente papel profissional. “As mulheres têm uma intuição muito avançada. Não tenham medo de usar a favor”, aconselha.
Allessandra é idealizadora do projeto “Mulheres que Escolhem”. “85% das mães que acabam de ter filhos largam seu cargo para se dedicar totalmente à maternidade. O objetivo do projeto é fazer com que elas entendam que não precisam ser mães ou líderes, mas sim mães e líderes.”