Tudo começou em 2009, quando Steve Kondik, empresário e programador, abriu o sistema Android em sua casa. A empresa tem sistema aberto, o que permite que qualquer pessoa baixe o código e o ajuste da maneira que quiser. Kondik passou, então, a fazer algumas mudanças na interface do usuário Android, em seguida, trabalhou na melhoria do desempenho e no aumento da vida útil da bateria. Muito em breve, centenas de desenvolvedores se uniram em torno dele e passaram a contribuir com suas habilidades de codificação para a construção da então CyanogenMod. “Foi completamente inesperado”, diz Kondik. “Não houve nenhuma grande visão.”
O foco do empresário era a customização, e em outubro de 2011, mais de um milhão de pessoas já tinham baixado o Cyanogen em seus celulares para personalizar o sistema Android de seus aparelhos. Oito meses depois, eram oito milhões de pessoas. Logo, a Samsung percebeu o sucesso e convidou Kondik para um time de pesquisas em Seattle.
Neste momento, outro personagem entra na história: Kirt McMaster, atual CEO da startup. Ele era um grande usuário de sistema iOS, até comprar seu primeiro Galaxy 3, da Samsung, e conhecer o CyanogenMod. Um dia, ele encontrou Kondik no LinkedIn e os dois começaram a conversar. A maior parte da fala era de McMaster que deu a ideia de transformar o projeto do amigo em uma empresa de verdade, com capital aberto. Não demorou muito para McMaster mudar-se para Seattle.
Hoje, o cenário é extremamente favorável. O número de smartphones no planeta deve crescer de cerca de 2,5 bilhões para quase seis bilhões até 2020. Os preços dos celulares mais luxuosos estão ficando “fora de moda”, permitindo que novas potências como a Xiaomi cresçam em tempo recorde. No entanto, iOS e Android controlam 96% do mercado de sistemas operacionais móveis. McMaster, no entanto, não deseja inserir-se entre a Apple e o Google, e sim entregar uma terceira opção, a Cyanogen, o sistema operacional móvel que é essencialmente uma versão turbinada do Android e disponível fora do controle do Google.
McMaster contou para FORBES que está acumulando poderosos aliados para ir para a batalha. A Cyanogen levantou US$ 80 milhões de investidores que incluem Twitter, Qualcomm, E Rupert Murdoch. A rodada, que valoriza Cyanogen em cerca de US $ 1 bilhão, está sendo liderada pela PremjiInvest, braço de investimentos do bilionário fundador da Wipro, Azim Premji, terceiro homem mais rico da Índia.
Fontes próximas à empresa afirmam que a Microsoft e a Cyanogen estão perto de finalizar uma ampla parceria para incorporar vários dos serviços móveis da Microsoft, incluindo o Bing, o sistema de armazenamento em nuvem OneDrive, Skype e Outlook nos dispositivos da Cyanogen.