O aplicativo Uber foi suspenso no Brasil após uma determinação da Justiça de São Paulo. Depois de diversos protestos de taxistas, o sistema de caronas foi interrompido sem previsão de volta e, caso o app seja usado, será cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia da empresa. A iniciativa do recurso foi do Simtaxi (Sindicato dos Taxistas de São Paulo).
O presidente do Sindicato dos Taxistas de São Paulo, Natalício Bezerra, conta que a luta pela suspenção do aplicativo aconteceu em conjunto com os sindicatos das outras três cidades onde o aplicativo funciona: Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. “Somos contra isso porque todos sabem que a ilegalidade não pode existir. O que eles fizeram [se instalar sem dar satisfação] é um abuso.”
A notificação oficial da justiça foi dada na quarta-feira, 29, e a empresa Uber terá três dias para suspender seu funcionamento no Brasil, pois foi considerado ilegal. O juiz Roberto Luiz Corciolo Filho, da 12ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determinou que o aplicativo deve sair do ar. Então, as empresas que o oferecem para ser baixado em smartphones, como a Google, Samsung, Microsoft e Apple não podem mais oferece o Uber em suas lojas.
Por enquanto, as operações do aplicativo continuam funcionando normalmente no Brasil. Em comunicado, a empresa afirmou que está revisando o processo. “A Uber reafirma seu compromisso com milhares de brasileiros, motoristas parceiros e usuários, que usam a plataforma para se movimentar pelas cidades e sustentar suas famílias.”
No dia 8 de abril taxistas de São Paulo realizaram uma manifestação contra o uso do aplicativo. Cerca de mil taxistas se reuniram na Praça Charles Miller, na região do Pacaembu, para protestar contra o aplicativo, que não paga nenhum tipo de taxa para transportar passageiros. “Os taxistas se manifestaram e agora estão satisfeitos com a suspensão”, opina Natalício.
A empresa Uber enfrentou processos parecidos na França e na Espanha e já está proibido nos dois países.