O relatório da InBev, apresentado na última quarta-feira (6), mostra um grande crescimento da renda da empresa no primeiro semestre desse ano. Como esperado, o comprometimento da companhia com o suas marcas especiais e maior ênfase na venda de cervejas de prestigio fez com que a renda tivesse um aumento sólido de 7,5% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado.
O crescimento de vendas por unidade de 1,2% equilibrou o impacto de conversões de moeda. A valorização do dólar prejudicou os negócios da empresa em alguns lugares do mundo, porque comprar pela moeda americana ficou mais difícil, fazendo o lucro diminuir em US$$ 1 bilhão.
Além dos Estados Unidos, outros mercados chave da empresa são o Brasil, México e China. Nos três países o primeiro trimestre de 2015 foi estável, enquanto nos Estados Unidos as vendas caíram 6%. O foco nas marcas mais caras ajudou a InBev a manter seu lucro nos três membros dos BRINCS. A marca tem um forte posicionamento na maioria de seus principais mercados e tende a continuar crescendo dado o aumento da receita por unidade e também por causa das atividades no ramo de cervejas, que tem um publico alvo estabelecido.
O preço das ações da marca aumentar 2,5% depois do anúncio dos resultados na última quarta-feira.
Vendas no Brasil e na China são estáveis
A crise econômica no Brasil continua a frear os gastos no país. Assim, o volume de vendas totais brasileiras diminuiu um pouco neste trimestre, mas o aumento de compras das marcas mais caras gerou um aumento de 11% na renda vinda do país. Um dos principais acionistas da empresa é o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann.
A China também deu boas notícias à empresa. O volume de vendas aumentou 4,7%, refletindo o grande crescimento dos fabricantes de cerveja no país. As ações da InBev na China aumentaram 15,9% no fim de 2014 e, incluindo as recentes fusões e aquisições da empresa, elas ficaram 16,8% maiores. No primeiro semestre desse ano, os valores alcançaram 18,5% de aumento. O volume orgânico da empresa na China tende a aumentar ainda mais.
A previsão é de que a receita da empresa continue a crescer no segundo trimestre do ano. Porém, se o declínio de vendas nos Estados Unidos persistir, pode causas preocupações.