A companhia chinesa Lenovo acaba de completar seu primeiro trimestre como dona da Motorola. A empresa comprou a marca da Google por US$ 2,91 bilhões e no último trimestre de 2014 entregou um número recorde de aparelhos: 18,7 milhões de smartphones.
Deles, 7,8 milhões eram da Motorola, representando um aumento significativo entre os trimestres. A expectativa da Lenovo é de que, até o fim do ano, sejam entregues 76 milhões de telefones. Se o número for alcançado, será o maior da empresa até hoje.
A empresa também bateu recordes na área de computação em 2014. Foram entregues 60 milhões de PCs, marcando o primeiro ano em que o número de computadores bateu o de smartphones.
Apesar do aparente sucesso, a Lenovo ainda é uma companhia em transição. Durante o semestre, o lucro da empresa caiu 37% – um dos motivos foi a compra do servidor da IBM por US$ 2,3 bilhões. A renda o quarto trimestre de 2014 aumentou 21% em comparação ao ano anterior, chegando a US$ 11,3 billhões, entretanto, o lucro líquido foi de apenas US$ 100 milhões.
O mesmo aconteceu com o resultado do ano todo de 2014. A renda total foi de US$ 46,3 bilhões, ou seja, cresceu 20%. O lucro, por outro lado, foi baixo: de US$ 829 milhões. Isto é, US$ 5 bilhões a menos do que em 2013.
A posição da empresa como maior vendedora de PCs e como uma das que mais distribui smartphones continua. Porém, os números mostram que a é necessário mudar o modelo de negócios da empresa.
A Lenovo está mudando seu foco de acordo com o mercado. A demanda por computadores e smartphones está caindo. As vendas na China, principal mercado da empresa, diminuíram pela primeira vez em seus anos. De acordo com a companhia, o futuro da Lenovo é ir além do hardware.
O presidente da empresa, Yang Yuanqing, declaro que eles estão prontos para se transformar e se tornarem uma combinação entre hardware e software de serviços. “Isso vai estimular uma onde de crescimento para a Lenovo nos próximos anos.”
Neste ano, a empresa já gastou US$ 5 bilhões em suas duas maiores aquisições para conseguir estruturar a parte digital do negócio. Porém, a empresa enfrenta um período negativo por dois motivos: uma falha de segurança nos sistemas de entrega e um escândalo sobre três problemas de vulnerabilidade no novo software da Lenovo.