As reportagens que vem saindo desde julho de 2013, quando Edward Snowden tornou públicas informações sobre a NSA norte-americana (Agencia de Segurança Nacional), trouxeram novos debates sobre privacidade nos Estados Unidos da era digital. Muitas novas histórias sobre brechas de segurança em lojas, companhias de seguros de saúde e instituições financeiras tem chegado ao público. Esses acontecimentos inspiram dúvidas e tem contribuído para a onda de insegurança está crescendo entre os norte-americanos. Esse aspecto tem feito os estadunidenses repensarem suas atividades e decisões cotidianas.
Alguns acreditam que os acontecimentos são muito problemáticos e que é necessário impor limites, enquanto outros não sentem que essa falta de segurança os atinja pessoalmente. Alguns têm uma visão diferente e acreditam que esse monitoramento da vida das pessoas pode trazer benefícios, como segurança. O argumento deles é que pessoas inocentes não têm nada a esconder.
A opinião dos norte-americanos sobre privacidade e vigilância são importantes para a política dos Estados Unidos. A sociedade tem questionado a legitimidade de programas de rastreamento e vigilância no país, eles estão colocando em dúvida que situações são razoáveis para estar sobre observação e quando não querem ser monitorados.
Recentemente, uma lei federal julgou como ilegal o programa da NSA que coleta gravações das ligações feitas pelos cidadãos. O juiz que cuidou do caso, Gerald Lynch, escreveu que essa ação é contrária à expectativa de privacidade que os americanos têm. “Talvez uma possível explicação para as investigações seja o perigo de atentados terroristas nacionais e internacionais”, explica o juiz.
Duas novas pesquisas do Pew Research Center mostram que os norte-americanos acreditam que a privacidade é muito importante em seus cotidianos. Porém, aponta também que eles se sentem vigiados quando estão em lugares públicos. Poucos deles sentem que tem controle sobre seus dados pessoais e sobre como eles são usados. A pesquisa mostra ainda que poucos são os americanos que confiam em setores relacionados a monitoramento e coleta de dados. Eles não acreditam que as informações dadas a diversas instituições estão realmente seguras na era digital.
Alguns americanos tomaram medidas para diminuirem o número de vezes em que passam seus dados, porém, poucos se esforçam para aumentar sua privacidade de modo mais avançado. Ainda assim, a maioria dos residentes dos Estados Unidos continua expressando sua opinião de que deveria haver limites nos programas de vigilância do governo. Além disso, eles acreditam que é importante ter a possibilidade de ficar anônimo em certar atividades.