Na sua incessante busca por entregas mais velozes, a Amazon quer tornar os Estados Unidos em uma nação de entregadores. A varejista desenvolveu um aplicativo que pagará pessoas comuns em vez de transportadoras para deixar os pacotes das encomendas na porta dos compradores enquanto estão a caminho para outros destinos, de acordo com informações do “Wall Street Journal”.
O serviço conhecido internamente como “On My Way” (algo como “No caminho”, em tradução livre) pode dar à empresa mais controle sobre a experiência de compra e ajudar a conter os gastos de entrega que cresceram 31% no ano passado, mais rápido que sua receita.
As entregas da Amazon totalizam uma média de 3,5 milhões de pacotes por dia, de acordo com a consultoria SJ Consulting Group. É preciso envolver um grande número de “mensageiros” para causar um grande impacto nas contas. O custo de entregas da Amazon saltou de US$2,07 bilhões para US$8,7 bilhões, ou 9,8% das vendas no ano passado.
“Há uma certa lógica na ideia, mas parece que muitas coisas poderiam dar errado,” afirmou ao jornal Marc Wulfraat, presidente da consultoria de logística canadense MWPVL International, que acompanha de perto a Amazon. “O que impediria essas pessoas de simplesmente pegar os pacotes para si ao invés de deixa-lo na varando do dono?”
No ano passado, a Amazon testou brevemente em San Francisco a entrega de pacotes por meio de táxis e veículos do Uber, com o pagamento de US$ 5 por encomenda. Foi um experimento limitado para avaliar a viabilidade e o custo das entregas e não foi expandido.
A estrutura das taxas para o “On My Way” ainda está em processo de estudo, por exemplo para decidir se vai pagar os entregadores em dinheiro ou em crédito para ser usado no site.