Apesar de ser a capa da última edição de FORBES, Jessica Alba levou tempo para se identificar como uma empreendedora e deixar de lado a visão do público sobre ela.
“As pessoas me viam como a garota de biquíni em filmes de briga”, explica Jessica. “Demorou três anos e meio com acenos e tapinhas nas costas desejando ‘boa sorte’ e ‘vá fazer seu perfume.’”
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No Women’s Summit, seminário anual de FORBES para mulheres em Nova York, Alba falou de sua transição do cinema para o varejo. A empreendedora viu a renda sua empresa, a The Honest Company, crescer de US$ 10 milhões em 2012 para US$ 150 milhões em 2014.
Jessica contou sobre sua motivação para abrir a companhia: uma irritação na pele ao usar um produto de pele para bebês quando estava na sua primeira gravidez, há sete anos. Neste momento, ela começou a reconsiderar os produtos de limpeza que usava e foi atrás do que era usado na produção. Descobriu que, em 1981, quando a mãe da empreendedora o usava, ele era feito de maneira diferente.
A preocupação da norte-americana com os rótulos somada ao conhecimento da legislação norte-americana sobre testes químicos a inspirou a querer inovar no mercado.
“Minha mãe teve câncer cervical, minha avó morreu de câncer no estômago. Eu cresci com pessoas doentes. Isso precisa parar. Meus amigos na faixa dos 20 anos não deveriam ter gestações complicadas.”
Ela contou sobre o começo difícil da The Honest Company. O site era precário e poderia dar problema a qualquer hora. Nas primeiras cinco semanas, a empresa enviou os pedidos de fraldas e lenços umedecidos sem cobrar nenhum cartão de crédito. “Isso é suficiente para acabar com qualquer negócio”, brinca Alba.
Jessica não se arrepende das escolhas que fez como atriz de Hollywood antes de lançar sua empresa. “Ganhei muito dinheiro no entretenimento quando ainda era muito nova e economizei”, contou, referindo-se aos filmes que fez quando tinha 20 anos. “Eu precisava disso o mais rápido possível, porque sabia que em algum momento essa fase acabaria.”
Ela contou sobre sua infância, quando seus pais tinham três empregos cada e precisavam economizar muito para não acumularem dívidas. “Eles não sabiam como poderiam pagar a conta de luz. Eu não queria viver dessa maneira”, conta a atriz.
Agora que a The Honest Company tem três anos e atingiu o valor de US$ 1 bilhão, a empreendedora está focada no futuro. “Um bilhão parece pouco perto do que é possível atingir”, opina.