Christian Sylt
Os lucros da Fórmula 1 cresceram para um total de US$ 16,2 bilhões nos últimos 15 anos e supera seu principal rival, a Copa do Mundo da Fifa, de acordo com nova pesquisa.
A comparação é significativa já que o presidente da Fifa, Sepp Blatter, reeleito na última sexta-feira (29) por mais 4 anos, mesmo depois do escândalo envolvendo 14 executivos do grupo na semana passada.
Quando Blatter assumiu, a organização tinha uma receita de US$ 1,9 bilhão. Nos quatros anos que antecederam a Copa do Mundo no Brasil, a receita saltou para US$ 5,7 bilhões, graças aos acordos de patrocínio e divulgação com marcas que incluem Adidas, Coca-Cola e Visa. A receita total da Fifa desde de 1999 é de US$ 14,5 bilhões, o que é uma grande conquista, mas nada perto da F1.
A maior patrocinadora da F1 atualmente é a norte-americana Delta Topco. O maior acionista é a empresa de capital CVC, que possuí 35% da organização. O segundo maior acionista é empresa de gestão de ativos Waddell & Reed, que tem 20,9% das ações da F1, seguida do banco de investimento Lehman Brothers, com 12,3%.
Entre 1999 e 2013, a receita da F1 chegou a US$ 16,2 bilhões, o que já ultrapassa a FIFA, mesmo que esse valor não considere os ganhos de 2014, ao contrário de seu rival que já contabiliza o ano passado. Desde 1999, a receita da F1 cresceu 5 vezes, enquanto a da FIFA cresceu apenas três. O maior responsável por essa acelerada de crescimento é o presidente Bernie Ecclestone.
Ecclestone conseguiu vários negócios para Fórmula 1. Um deles foi a etapa Grand Prix da Austrália, nos anos 1980. Na época ele também criou um contrato conhecido como Concorde Agreement, para que pilotos se comprometessem a ir para todas as corridas, já que naquele período a F1 era bem mais amadora.
Desde então, Ecclestone juntou uma fortuna de US$ 4 bilhões e fechou pessoalmente todos os negócios que moldaram o formato da Fórmula 1 moderna. Os contratos assinados por ele tem um valor estimado total de US$ 23,4 bilhões nos 30 anos em que ficou a frente da F1, de acordo com o jornal Express. É mais do que qualquer outra pessoa no mundo do esporte arrecadou.