Os planos do Facebook com drones estão cada vez mais reais. Na última quinta-feira (30), a rede social revelou mais detalhes sobre o Aquila, o maior drone movido à energia solar no mudo. O nome do dispositivo foi dado em homenagem à águia da mitologia grega, que carregava os raios do deus Jupiter.
O drone tem formato de V, seu protótipo é feito de fibra de carbono e pesa entre 400 kg e 450 kg. Sua envergadura é comparável a de um Boeing 737. Jay Parikh, engenheiro global da empresa, explicou que o drone é capaz de voar a altitudes entre 18.300 m e 27.000 m por até três meses.
A rede social acaba de terminar a construção do seu primeiro modelo, além de vários outros, dez vezes menores, para testes. Parikh explica que o Aquila é um passo para levar a internet para os 10% da população mundial que ainda não tem acesso a ela.
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Quando os engenheiros do Facebook desenharam o Aquila, pensaram em três elementos principais: energia solar, altitude e duração. A ideia é que o drone consiga ficar no ar por muito tempo e voe por cima de aviões comercias, onde condições climáticas não o atrapalhem. O dispositivo será levado ao céu por um balão de gás hélio. Depois de subir os primeiros 21.000 m, o Aquila se soltará e passará a voar sozinho.
Durante o dia o Aquila voará em um raio de 3 km e ficará entre 24.000 m e 27.000 m acima do nível do mar. No período noturno, para conservar energia, ele ficará mais baixo, aproximadamente 18.000 m acima do nível do mar.
Um dos avanços do Facebook com o drone inclui a conexão com a internet e a transmissão de dados por laser. A equipe da rede social desenvolveu a possibilidade de transmitir dezenas de gigabytes por segundo. Em teoria, a novidade permitirá que a empresa crie uma grande rede de internet tanto de drones para dispositivos no solo quanto de um drone para outro.
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O Aquila é parte da empresa Internet.org, lançada pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em 2013, com o objetivo de disponibilizar internet para os 10% do mundo que ainda não tem acesso a ela. A companhia tem parceria com empresas de telecomunicação locais para oferecer gratuitamente acesso ao Facebook, a Wikipedia e ao site da BBC.
No começo de 2015, o Facebook anunciou que a Internet.org ajudou mais de sete milhões de pessoas em países como Índia, Zambia, Tanzânia e pretende estar em 100 países até o fim do ano.