Enquanto a Toyota apresenta o Prius 2016, muito se especula sobre o possível carro autônomo da montadora. O que já se sabe é que ele não deve parecer com o Prius e nem deverá ser lançado em breve. A montadora japonesa, na verdade, tem ido na contra-mão de muitas concorrentes que, para não ficarem atrás do Google, começaram a correr em pesquisas de automóveis que dirigem sozinhos.
SAIBA MAIS: Google coloca carros autônomos nas estradas da Califórnia
A Toyota, por sua vez, anunciou, em parceria com as universidades Stanford e MIT, que irá investir US$ 50 milhões nos próximos cinco anos para pesquisas de inteligência artificial (AI) que possa ser aplicada em veículos. A empresa contratou o renomado cientista Dr. Gill Pratt, ex-chefe de programação da Agência de Pesquisas Avançadas de Defesa dos EUA (Darpa) e coordenador do famosa feira de robôs Robotics Challenge, para dirigir a esquipe de pesquisa.
NEGÓCIOS: Nokia vende serviço de mapa Here para consórcio de BMW e Audi por € 2,8 bi
O cientista irá coordenar uma equipe liderada por Daniela Rus, diretora do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT, e por Li Fei-Fei, diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford. As universidades irão “trabalhar com a Toyota para desenvolver avançados sistemas que inteligência que reconheçam, entendam e ajam em ambientes de tráfego complexo”, explicou a empresa, por meio de comunicado.
Segundo Pratt, um dos maiores desafios é fazer os motoristas lidarem com carros robóticos. “Ter um carro que dirija 99,9% do tempo sozinho é fácil. A questão é o que fazer com o 0,1% que sobra. E se algo muito inesperado acontecer?”, questionou o norte-americano durante uma coletiva na Califórnia. “Com um carro totalmente autônomo, teremos de lidar com a situação 100% do tempo porque não se pode esperar que a pessoa descubra o que está acontecendo e assuma a situação em um décimo de segundo.”
VEJA TAMBÉM: Simulador automobilístico mais realista do mundo custa R$ 620.000
“Se não houvesse pessoas envolvidas e todos os carros pudessem ser controlados por software, tudo seria fácil. Mas o que nós temos é um monte de carros, pedestres, bicicletas e outras coisas muito imprevisíveis”, argumentou Pratt. “Nós precisamos construir carros autônomos previsíveis.”
O pesquisador, no entanto, mostra-se muito otimista quanto ao andamento do projeto. “É só o começo. Em poucos meses, espero que vocês vejam muitos avanços de nós.”