Se você quer ganhar um drone de natal, saiba que está bem longe de ser o único. Só nos Estados Unidos, cerca de um milhão de modelos devem ser vendidos para a data comemorativa neste ano, segundo a Administração de Aviação Federal do país (FAA).
Rich Swayze, administrador da FAA, não parece muito empolgado com este dado. “Muitas pessoas que não têm histórico como piloto estão colocando essas coisas no espaço aéreo”, declarou ele ao portal Aviation Week.
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Embora o preço de drones de alta qualidade esteja em torno de US$ 1.000 (por volta de R$ 4.000), a demanda pelos gadgets tem crescido à medida que modelos mais populares chegam ao mercado. Hoje, segundo o portal Mashable, alguns modelos são vendidos em supermercados por cerca de US$ 20 (R$ 80) no país. Menor valor e maior disponibilidade fazem com que a lista aumente neste ano.
“De uma perspectiva operacional, [pequenos veículos voadores são] um problema muito sério e há uma preocupação considerável se isso vai acabar em lágrimas”, afirmou Mike Dunkerley, CEO da Hawaiian Airlines, ao portal. “Não é só em volta de aeroportos que a presença de drones é perigosa. Há muitas áreas em que um conflito com drones pode ocorrer.”
Atualmente, drones são usados para diferentes propósitos: seja os mais louváveis, como combater incêndios, mais irresponsáveis, como espionar a gravação do seriado “Game of Thrones” ou até criminosos, como levar coisas para as cadeias. A brincadeira, no entanto, pode de fato, ficar perigosa. Só 2015, a FAA recebeu mais de 700 chamados de voos sobre quase colisões com drones.
O Congresso norte-americano e agências reguladoras do país já debatem há anos medidas regulatórias para as máquinas voadoras, mas ainda não há uma legislação que cubra todas as pendências.