A Statoil, empresa norueguesa de petróleo e gás, conseguiu aprovação do governo escocês na última segunda-feira (2) para construir, na costa do país, a maior área flutuante de produção de energia eólica do mundo, a “Hywind Scotland floating wind farm”. O projeto terá cinco turbinas, cada uma com capacidade de geração de seis MW. Será a primeira instalação eólica flutuante de grande escala do mundo, capaz de gerar energia o suficiente para suprir quase 20.000 lares. A construção está prevista para começar no início de 2016.
FOTOS: Empresa norte-americana cria modelo sustentável de casa flutuante
“O objetivo da Statoil com o desenvolvimento desse parque piloto é demonstrar uma solução eólica flutuante comercial e de grande escala, para, mais tarde, aumentar o potencial do mercado global”, disse Irene Rummelhoff, vice-presidente executiva de novas soluções energéticas. Turbinas eólicas flutuantes são o que há de mais avançado em tecnologia eólica mas, provavelmente, não se tornarão uma forma de energia renovável competitiva por pelo menos uma década.
Diferente de campos eólicos marítimos convencionais, turbinas eólicas flutuantes não ficam diretamente enterradas no solo oceânico. Em vez disso, são interconectadas com cabos e ancoradas ao solo por um sistema de ancoragem distribuída de três pontos.
VEJA TAMBÉM: Austrália tem corrida de carros movidos à energia solar no deserto
Em 2009, a Statoil implantou a primeira turbina eólica flutuante em águas profundas de grande capacidade (2.3 MW) na costa da Noruega. A norueguesa pode ser a maior, mas não é a única empresa que desenvolve essa tecnologia. Startups como a Blue H Technologies, da Holanda, têm projetos semelhantes.
Nos Estados Unidos, a Universidade de Maine projetou uma turbina flutuante de cerca de 20 metros de altura, chamada de “VolturnUS”. Em 2013, o time de pesquisadores implantou um protótipo de pequena escala na costa de Castine, em Maine. Essa foi a primeira turbina eólica marítima conectada por rede da América. No ano passado, o Departamento de Energia dos Estados Unidos concedeu US$ 3,88 milhões em fundos à Universidade de Maine para completar o projeto de uma “VolturnUS” no tamanho original.