Os brasileiros gastam, em média, 100 minutos dos seus dias no caminho de ida e volta do trabalho. Se esse mesmo tempo fosse empregado na produção, o país teria um ganho de bilhões todos os anos. “O aumento de produtividade resultante faria o PIB brasileiro, que atingiu o patamar de R$ 5,5 trilhões em 2014, crescer aproximadamente 2,83% – ou seja, R$ 156,2 bilhões”, explica economista Eduardo Haddad, da Universidade de São Paulo, autor de um estudo sobre o tema. “Este cenário acarretaria um adicional de R$ 97,6 bilhões no consumo da população brasileira.”
Só no trânsito da cidade de São Paulo, estima-se que o Brasil perca cerca de R$ 156,2 bilhões. Este problema, no entanto, não é exclusivo da capital paulista. No Rio de Janeiro, por exemplo, o tempo é de 140 minutos por dia. A produção perdida por conta do deslocamento, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), chega a 5,9% do PIB da cidade: aproximadamente R$ 19 bilhões. O mesmo levantamento chegou à conclusão de que Recife detém o maior crescimento do impacto na produção (14,6%), um prejuízo de R$ 3,4 bilhões.
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A solução que muitos empresários e executivos têm encontrado é o transporte aéreo privado. Além de reduzir o tempo de deslocamento e não ter de se preocupar com o trânsito, a opção ainda é mais segura. Não é à toa, portanto, que São Paulo é a cidade com a maior frota de helicópteros do planeta.
Apesar da crise, as empresas de gerenciamento de aeronaves executivas, como a Avantto, têm presenciado aumento na procura neste ano. Segundo a companhia paulista, no primeiro semestre de 2015 houve um crescimento operacional de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Os preços entre US$ 50.000 e US$ 500.000 podem assustar à primeira vista, mas representam uma economia de cerca de 80% em relação ao custo de uma aeronave particular. Com planos diversos, os interessados podem voar de cinco a 20 horas por mês.