Poucas horas depois de admitir não ter passado em um teste antidoping, a tenista Maria Sharapova perdeu dois de seus maiores patrocinadores. O contrato de US$ 70 milhões assinado com a Nike em 2010 foi suspenso. A relojoaria suíça Tag Heuer também anunciou que não renovaria seu contrato. Dessa forma, a russa deve deixar de ser a atleta mais bem paga do planeta.
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A Nike informou ao veículo norte-americano Bloomberg que “não ficou contente com a notícia” e ainda acrescentou que “suspenderá a relação com a atleta, enquanto a investigação continua”. Já a Tag Heuer, que fechou negócio com Sharapova em 2004, alegou que “a relação de anos foi quebrada em poucas horas”.
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Cinco vezes vencedora do Grand Slam, Maria Sharapova era considerada a atleta mais bem paga do mundo pelos últimos 11 anos. Ela ganhou cerca de US$ 30 milhões só no ano passado e coloca um império bastante grande em risco.
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Embora ela possa enfrentar uma proibição de até quatro anos, Craig Reedie, presidente da Agência Mundial de Antidoping, disse à Associated Press que “atletas culpados de uso de medicamentos proibidos normalmente têm apenas um ano de punição”. Isso tudo por conta de um medicamento para o coração que a atleta há anos consumia e não se atentou de que ele havia sido colocado na lista de substâncias proibidas a partir do dia 1 de janeiro de 2016.
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De acordo com Dan Hill, presidente de comunicações da empresa de relações públicas Ervin | Hill Strategy, de Washington DC, Sharapova fez a coisa certa ao ver seus nomes por todos os lados: admitiu sua falha. “Ela foi alvo do ciclo de notícias sobre o seu papel na sociedade, mas em seguida ofereceu uma explicação razoável”, argumenta ele. “Ao receber a notícia pela primeira vez, ela poderia ter armado seu campo de defesa se explicando ou pedindo desculpas, que parecessem menos sinceras. Mas seu posicionamento mostra que não tem nada a esconder e ainda fez questão de ser luz em meio a gravidade da situação.”