Os analistas de capital de risco dizem que o mercado de IPO anda sem brilho e que para investir em ações de tecnologia, é preciso muita cautela. Mas, com exceção de 2015, quando investidores colocaram cerca de US$ 13,7 bilhões só no primeiro trimestre, em 2016, os investimentos foram de US$ 12,1 bilhões nos primeiros três meses: o melhor início de ano desde 2001, de acordo com a Associação Nacional de Capital de Risco.
Estes números, além de ótimos, também são estáveis, se comparados aos US$ 12 bilhões investidos no quarto trimestre do ano passado. Este, na verdade, também foi o nono trimestre consecutivo em que o volume de negócios chegou a US$ 10 bilhões.
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“O mercado estava agitado, ofertas estavam sendo feitas”, disse Neeraj Agrawal, sócio geral da Battery Ventures. “Não acho que haja uma bolha.” Especialistas dizem que a tendência dos investimentos é continuar crescendo, o que fará com que empresas de risco também sigam este fluxo.
O maior negócio do primeiro trimestre de 2016 foi a startup de caronas Lyft, que completou US$ 1 bilhão em financiamentos. Com sede na Flórida, a tecnológica Magic Leap levantou cerca de US$ 800 milhões. Sunnova Energy, de energia solar, Uber, de caronas, e Flatiron Health, voltada à saúde, foram as que fecharam o top cinco.
Empresas de software foram as que mais arrecadaram investimentos, atraindo US$ 5,1 bilhões para cerca de 380 companhias diferentes. As voltadas à biotecnologia, por sua vez, levantaram US$ 1,8 bilhão em capital. Startups de mídia e entretenimento foram a terceira categoria de investimento mais popular, com US$ 930 mil a aproximadamente 110 empresas.