A queda de Taylor Swift na nova propaganda da Apple Music não foi uma pegadinha de 1º de abril — na verdade, ela foi planejada durante meses.
Na sexta-feira (01/04), a cantora divulgou o vídeo, nas suas redes sociais, no qual ela aparece correndo em uma esteira. Desde então, as vendas no iTunes da música que faz parte do comercial, “Jumpman”, de Drake, aumentaram 431% mundialmente. E o número de vezes que a playlist #gymflow – também presente na propaganda e feita com a curadoria do serviço de streaming – foi tocada aumentou 325%.
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O vídeo já foi visto mais de 20 milhões de vezes no Facebook e no Instagram e o tuíte de Taylor com ele já acumula mais de 66 mil retuítes e 119 mil curtidas. A Apple não divulgou quantos streamings ou assinaturas o anúncio gerou.
“Ter uma ideia simples, informativa e engraçada é, realmente, como escrever uma canção”, disse Larry Jackson, chefe de conteúdo da Apple Music, ao site Adweek. “Com um artista que tem 73 milhões de seguidores no Instagram, isso é maior do que NBC, CBS e Fox e a audiência do horário nobre combinados.”
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A decisão de usar a enorme quantidade de discípulos de Taylor no Instagram não foi por acaso. Dois dias antes, o aplicativo do Facebook anunciou o lançamento de vídeos de até um minuto de duração, e Taylor foi uma das primeiras usuárias a testar a novidade.
Agora, além das redes sociais, a propaganda está sendo transmitida nos canais de televisão ESPN, CBS, NBC, ABC e Fox. Dois outros anúncios com Taylor Swift estão previstos para as próximas semanas, e a cantora também vai estrelar em uma campanha maior nos próximos meses.
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“Nós queríamos capturar aquela sensação de que a música acompanha todos os elementos da sua vida e de que o serviço [Apple Music] é o fundamento desse conceito”, disse o diretor Anthony Mandler. “Quando você combina isso com a Taylor dançando como se ninguém estivesse assistindo, a fluidez torna-se muito natural.”
Taylor tem uma relação publicamente conhecida com a Apple desde junho do ano passado, quando a cantora escreveu uma carta à empresa sobre a decisão da companhia de não pagar artistas como parte de sua estratégia de lançamento do serviço de streaming (no fim das contas, a Apple mudou seus planos).
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Quando ela começou a trabalhar com a gigante da tecnologia para criar um documentário exclusivo sobre sua turnê 1989 em outubro, a equipe de Taylor começou a falar com Jackson sobre uma possível campanha. Essas negociações aceleraram depois do comercial com o cantor country Kenny Chesney, que estreou no Country Music Awards em novembro e chamou a atenção da vencedora do Grammy.
Em seguida, ela e Jackson começaram a trocar ideias por e-mail. Depois de três “sessões criativas” com Taylor Swift, a equipe filmou os vídeos em fevereiro.
Tanto Jackson quanto Mandler se recusaram a falar sobre os dois próximos anúncios, mas o diretor disse que eles partiram do pressuposto de que o espectador faz parte do mundo da artista.
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E, depois desta campanha, ela vai fazer parte de outra, também da Apple Music, juntamente com outros músicos, como parte da estratégia da empresa para enfrentar concorrentes como Spotify, Pandora e outros serviços de streaming de música.