Não é a primeira vez que o juiz Marcel Montalvão, da Comarca de Lagarto, em Sergipe, ganha as manchetes nacionais. O responsável pelo pedido de bloqueio do WhatsApp por 72 horas a partir das 14h desta segunda-feira (2) já havia expedido uma ordem relacionada ao aplicativo quando solicitou a prisão do vice-presidente do Facebook na América do Sul, Diego Dzodan, no início de março.
Dzodan foi preso em São Paulo pela Polícia Federal no dia 1º “em razão de descumprimento de ordens judiciais”. O executivo foi solto no dia seguinte após expedição de um habeas corpus.
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Montalvão começou a ganhar notoriedade em julho do ano passado, quando decretou a prisão do ex-deputado estadual Raimundo Lima Vieira (PSL), envolvido em um escândalo de desvio de verbas da Assembleia Legislativa de Sergipe. De acordo com o Ministério Público Estadual, o político fazia parte de um esquema de repasse irregular de recursos da Assembleia entre 2011 e 2014. Já na Vara Criminal de Lagarto, o juiz determinou a prisão preventiva de Vieira e mais dois suspeitos.
Antes disso, Montalvão era conhecido por decisões locais. Em 2012, por exemplo, como juíz de direito da 2ª Vara Cível e Criminal da Comarca de Nossa Senhora da Glória, também em Sergipe, permitiu a participação de adolescentes acima de 16 anos sem o acompanhamento dos pais na festa local CarnaForró, conforme solicitado pelo secretário de Cultura e Turismo da cidade.
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Formado em 2001 pela Faculdade de Direito da Universidade Tiradentes, Montalvão prestou concurso para juiz substituto de Sergipe em 2004 e foi aprovado em 15º lugar com a nota de 6,79. Naquele ano, o primeiro colocado passou com 7,38.