Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (UPenn) anunciaram nesta terça-feira (21) que pedirão permissão para o Governo dos Estados Unidos para serem os primeiros a utilizar a CRISPR, um novo tipo de engenharia genética, para tratar doenças.
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Os esforços estão sendo tomados pelo The Parker Institute, uma nova instituição filantrópica criada por Sean Parker, bilionário e cofundador do Facebook. O objetivo é o combate ao câncer.
O líder do projeto, Carl June, explicou a FORBES que eles pretendem fabricar células T, um tipo de glóbulo branco, de uma forma melhor do que a natureza faz. As células serão reformuladas para combater diversos genes, incluindo um que responde à proteína PD-1, utilizada pelos laboratórios Bristol-Myers Squibb e Roche para impedir que alguns tipos de câncer invadam o sistema imunológico.
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Por mais radical que pareça o uso da CRISPR, o processo é o mesmo de outras terapias de genes, incluindo o já existente trabalho em células T, feito por June. Uma área que pode trazer conflitos no futuro é a dos interesses financeiros por trás da droga. Carl June, a Universidade da Pensilvânia e Instituto Parker podem travar uma batalha pela propriedade intelectual. Porém, o bilionário já declarou que o seu instituto ficará com toda a propriedade intelectual.
O estudo, que também será conduzido pela Universidade de Stanford, ainda tem muitos passos para se concretizar. Apesar disso, o cientista declarou que o Instituto Parker está permitindo que a velocidade de execução seja maior do que o normal. As células T, de Carl June, podem chegar ao mercado no próximo ano.