O candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump sempre se gabou de supervalorizar um imóvel que levasse o seu nome. No entanto, uma recente análise da corretora Redfin mostrou que, desde o início do ano passado, o selo Trump em imóveis parece não surtir mais tanto efeito inflacionário.
A companhia comparou as vendas dos últimos cinco meses de 2015 dos condomínios e outras construções das empresas Trump com as vendas do início de 2016 e constatou que as residências tinham um valor 6,8% maior do que as outras no mercado. Em 2016, dizem os pesquisadores, a valorização está apenas em 1,6% acima da média.
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Não que isso tenha, de fato, prejudicado as finanças do candidato republicano. A agência mediaQuant diz que desde que se lançou à presidência, Trump teve uma exposição gratuita no valor de US$ 2,4 bilhões. Ainda assim, suas empresas perderam negociações com a NBCUniversal e a Macy’s, por exemplo.
Mês passado, a PGA, liga de golfe norte-americana, anunciou que o prestigiado torneio WGC-Cadillac não acontecerá mais em Miami, no resort Doral do empresário, e sim no México, em 2017.
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No entanto, a explicação para a baixa nos negócios imobiliários de Trump é explicada, segundo a Redfin, pela baixa procura de empreendimentos de luxo.
“Mesmo que dê vontade de culpar a política, é mais provável que o mercado não esteja dando chance para o comércio de mansões”, explicou Nila Richardson, economista-chefe da imobiliária. “O mercado de luxo passa por uma pequena recessão desde o final do ano passado.”
Uma análise da mesma companhia mostrou que o preço das casas de luxo dos Estados Unidos caiu 1,1% durante o primeiro semestre de 2016. Em Miami Beach, a desvalorização foi de 14%, em Boston foi de 12% e em San Francisco foi de 4,7%.