Para certas pessoas, drones são como brinquedos. Para outras, são armas mortíferas. Para estrategistas do mercado de fornecimento de produtos, eles podem ser vistos como uma estratégia de negócios. O interesse prematuro e repentino do site de comércio eletrônico Amazon em entregas feitas com drones parecia uma brincadeira, mas o investimento substancial da empresa na tecnologia e infraestrutura e até em políticas para torná-lo uma realidade.
Notícias recentes, junto com dados preliminares da SCM World, (comunidade se empresas dedicadas ao fornecimento de produtos e serviços)apontam para uma necessidade urgente de, pelo menos, considerar incluir os drones em estratégias de negócios.
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Liberando potencial
No mês passado, a Federal Aviation Authority (FAA), entidade responsável pelo controle do tráfego aéreo nos Estados, estendeu suas isenções para a regra do “campo de visão”. Essa regra – que proíbe drones voando em qualquer lugar que não esteja no campo de visão do operador – significa que o uso dessa tecnologia para negócios é limitada.
Uma das primeiras exceções feitas foram para uma empresa chamada PrecisionHawk, que faz drones para inspeções aéreas em áreas agrícolas. O avanço não é muito sobre o drone em si, mas sim sobre o sistema de tráfego aéreo, chamado de “tráfego de baixa altitude” e segurança do espaço aéreo, ou LATAS.
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A LATAS é de graça para qualquer usuário disposto a aceitar os termos de serviço da PrecisionHawk. É uma conquista grande que junta tecnologia e cooperação regulatória entre a Verizon, Harris, DigitalGlobe, NASA e a FAA.
Esse avança é importante porque todo o conceito das unidades serem autônomos em aplicações como o uso de drones da Land O’Lakes para a busca de pestes em plantações ou o uso deles para inspeções de tubulações de oleodutos no Alaska.
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Drones em portas de casas
Outras novidades interessantes vêm de uma desenvolvedora de sistemas logísticos de drones chamada Matternet, baseada no Vale do Silício. Junto com a Mercedes-Benz, ela co-desenvolveu um sistema de gerenciamento de pacotes que permite que drones operem a partir do teto de qualquer veículo, como jatos de um porta-aviões. Essa simbiose resolve vários problemas, incluindo a duração e o alcançe da bateria e segurança da unidade.
Assim como a PrecisionHawk, a Matternet tem vantagem em algumas regulações, incluindo da NASA e da Swiss Federal Office of Civil Aviation, responsável pelo desenvolvimento da aviação na Suíça, mas sua ênfase é claramente em relação aos consumidores com uma missão de automatizar entregas parecida com a da AmazonPrime Air.
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Drones no mapa digital
Seja em relação às aplicações dos drones como a inspeção no agricultura ou a demanda de respostas rápidas como a entrega de 30 minutos da AmazonPrime Air, está se tornando cada vez mais claro que os drones viraram parte do mundo digital. Além disso, os drones aquáticos e terrestres estão se desenvolvendo em uma velocidade impressionante, com aplicações capazes de resolver problemas como engarrafamentos, evitar lugares perigosos e inacessíveis e realizar tarefas pesadas, igual ao que a BASF está fazendo com veículos autônomos em sua mega-fábrica na Alemanha.