Com a conquista de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, os mercados mundiais ficaram em pânico. Os índices das ações entraram em colapso, na noite de ontem (8), quando as chances do republicano ser eleito ganharam um impulso, antes mesmo do anúncio oficial da vitória dele. Às 1h30 da manhã no Oriente, o Nikkei 225 do Japão caiu mais de 5%, o Kospi sul-coreano já tinha caído 2,5%, e o índice Hang Seng de Hong Kong foi negociado quase 3% mais baixo.
No mesmo horário, nos Estados Unidos, as ações futuras do país estavam de 3% a 5% mais baixas, com o Dow Jones com 625 pontos. Já o peso mexicano caiu mais de 13% em menos de seis horas, a maior queda em décadas.
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O impacto dessas quedas, que coletivamente representam pelo menos US$ 1 trilhão da riqueza global, será fortemente sentido fora do país. As maiores perdas serão as dos investidores com posições mais elevadas, principalmente os indivíduos mais ricos do mundo.
Na manhã de hoje (09), o dano já havia sido feito. Como resultado da desvalorização do peso, a fortuna de US$ 53,3 bilhões de Carlos Slim, a quinta pessoa mais rica do mundo, valia US$ 1,7 bilhão a menos. O também bilionário mexicano German Larrea Mota Velasco pode perder US$ 1,3 bilhão, como aconteceu com o minerador Alberto Bailleres.
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Os bilionários asiáticos também estão tendo prejuízos. A fortuna de Tadashi Yanai, fundador da Fast Retailing, caiu US$ 1,4 bilhão, o que fez com que o bilionário ficasse com um patrimônio líquido de US$ 16,3 bilhões durante a manhã desta quarta-feira (09), no Japão. Simultaneamente, o CEO do SoftBank, Masayoshi Son, perdeu mais de US$ 800 milhões da sua fortuna.
Enquanto o mercado global continua a digerir o resultado da eleição dos Estados Unidos, os investidores precisam se preparar para a volatilidade. Entretanto, o que a presidência de Trump vai significar para o país, principalmente a longo prazo, ainda é uma incógnita.