A operadora de telecomunicações Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, teve lucro líquido de R$ 1,21 bilhão no quarto trimestre, alta de 9% ante mesma etapa de 2015.
O resultado da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 3,62 bilhões no trimestre, alta de 5,6% na comparação com um ano antes.
A companhia também anunciou que prevê investir um total de R$ 24 bilhões entre 2017 e 2019 e que pretende pagar R$ 4,1 bilhões em remuneração a acionistas neste ano.
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No primeiro resultado apresentado pelo presidente-executivo Eduardo Navarro, que substituiu Amos Genish em novembro, a Telefônica Brasil disse que a receita operacional líquida cresceu 1%, a R$ 10,8 bilhões no trimestre.
Com o objetivo de manter a disciplina financeira e os baixos níveis de endividamento, Navarro afirmou que 2016 foi marcado por uma campanha para reduzir despesas.
Navarro disse que a única linha de despesa a crescer no ano passado foi com a folha de salários, embora em um ritmo mais lento que a inflação.
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“Nossa disciplina de custo nunca afetou a qualidade dos serviços prestados”, disse ele.
O foco nos clientes com maior renda, particularmente no segmento de celulares pós-pagos, também ajudou a empresa a passar pelos momentos econômicos difíceis.
“Embora o crescimento do número de nossos clientes não seja tão impressionante, a lucratividade por cliente é maior do que a dos nossos concorrentes”, disse Luis Plaster, diretor de relações com investidores.
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A estratégia ajudou a Telefônica a elevar a margem Ebitda para 33,3%, maior que nos demais trimestres do ano passado, disse Plaster.
Com os serviços de voz representando cada vez menos da receita total, a Telefônica Brasil se concentrará na expansão de dados móveis e redes de fibra para casa como meio de manter a maior receita por usuário na indústria.
“Nossa estratégia foi fornecer serviços 4G em cidades selecionadas”, disse Navarro, explicando que a empresa se concentrou em mercados-chave incluindo capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.
(Por Ana Mano)