A disseminação de uma mensagem para fortalecer marcas, ideias e conceitos no ambiente digital depende de como o conteúdo é produzido. A constante mudança tecnológica e seu impacto na forma como as pessoas se relacionam transformaram a construção do conteúdo em uma ferramenta estratégica para levar uma mensagem de impacto ao seu público-alvo.
Diante desse cenário, o professor da FGV e especialista em marketing digital André Miceli elaborou uma lista com 10 tendências de conteúdo para o marketing digital em 2017. “As tendências são autorrealizáveis, ou seja, as empresas vão acabar utilizando-as pois acreditam que o mercado vai adotá-las”, diz o especialista.
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Miceli se baseou nos estudos e tendências do mercado digital norte-americano para elaborar uma lista para o Brasil, já que normalmente seguimos os hábitos da terra do Tio Sam – embora com relativo atraso. Algumas tendências, mesmo assim, já estão em curso no mercado nacional.
Veja, na galeria de fotos, as 10 principais tendências em marketing digital para 2017:
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1. Social Messaging
Atualmente dois bilhões de pessoas se comunicam ativamente sem a intermediação de uma empresa de telefonia. Elas buscam informações, se posicionam e demonstram atitudes diante dos fatos e das mensagens que recebem. Isso aumenta o potencial de emissão de opiniões sobre marcas, ideias e conceitos no ambiente digital. É um processo análogo à conhecida propaganda “boca a boca”, só que desta vez em plataformas como Whatsapp e Facebook Messenger e não necessariamente por meio de comunicação verbal.
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2. Bots nas mensagens
“Se a empresa não decidir participar de um projeto com bot, ela vai conhecer alguém que decidiu”, diz Miceli ao falar sobre a principal tendência em 2017 no marketing digital. O bot é uma mensagem com respostas automáticas na seção “Fale Conosco” das páginas das empresas. E ocorre de duas formas: com programas que reconhecem perguntas e respondem ao consumidor imediatamente, sem a interferência humana; ou com respostas semi elaboradas de perguntas corriqueiras e triviais. Miceli disse que o custo de implantação é baixo, gera receita e tem um retorno vantajoso.
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3. A luta contra notícias falsas
Miceli destacou que “pós-verdade” foi a palavra do ano escolhida pelo Dicionário Oxford, e faz referência a circunstâncias em que os fatos objetivos têm menor relevância na formação da opinião pública do que a crença e a opinião pessoal. Plataformas como Google e Facebook já estão implantando meios de verificar a autenticidade junto às empresas de comunicação e ao público. Além disso, devem proliferar as páginas especializadas em dizer se uma notícia é verdadeira ou falsa.
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4. Maior uso das plataformas de vídeos
Miceli diz que 80% do tráfego de dados na internet é formado por vídeos, pois eles são mais pesados do que outras formas de mídia. Com o avanço das redes de transmissão destes recursos, como o Instagram Stories, a produção vai aumentar, mesmo que com menor qualidade. Segundo o especialista, essa é uma ótima oportunidade para uma marca espalhar seu conteúdo por meio de um influenciador – a tendência é as pessoas assistirem, já que é de uma amigo ou de alguma personalidade com autoridade e notoriedade sobre o mercado no qual a marca está inserida.
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5. Migração do público do Snapchat para o Instagram Stories
O recurso de histórias instantâneas vai crescer ao longo de 2017, porém deve apresentar uma estagnação no médio prazo. O avanço das redes de transmissão de vídeo possibilita o uso do streaming, a exibição ao vivo dos filmes que mostram o dia-a-dia das pessoas. Os usuários, antes focados no Snapchat, devem se concentrar no Instagram Stories. Miceli diz que vídeos amadores e ao vivo sobre as rotinas diárias das pessoas são excelentes recursos para as marcas e ideias.
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6. Mobile Advertising
Outra estratégia com grande possibilidade de ser adotada pelas empresas neste ano, seguindo a tendência já em curso de aumento da quantidade de propaganda direcionada aos smartphones. A principal plataforma de veiculação é o Facebook, cujo conteúdo é mais visto nos dispositivos móveis. Além disso, a rede social de Mark Zuckerberg oferece um conjunto de alternativas para as empresas espalharem sua mensagem, entre elas a geolocalização, que direciona o conteúdo de acordo com o local onde o usuário está.
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7. Retorno do e-mail marketing
Ultimamente o e-mail marketing estava meio em desuso, mas deve voltar a ser um importante canal de comunicação das empresas com seus clientes. O seu retorno deve vir com ferramentas mais sofisticadas, como a utilização de quiz e divulgação de vídeos sobre a marca. Além disso, é um investimento de custo baixo, de fácil mensuração de impacto e com retorno interessante.
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8. Micromomentos
É a ferramenta que mapeia a jornada do usuário, identificando o momento que o consumidor tem mais propensão a realizar a compra de um determinado produto, seja da marca da empresa ou de produtos similares. Miceli citou o exemplo da Lego, que colocou seus produtos à venda na sala de embarque dos aeroportos após identificar que as pessoas tinham maior propensão a consumir seus produtos lá, mesmo sendo um lugar com menor circulação do que um shopping center, por exemplo.
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9. Data Driven Insights
O aumento da oferta das ferramentas de avaliação de dados e o menor custo de análise podem possibilitar às empresas conhecerem melhor os hábitos de seus clientes. Esse método facilita a tomada de decisão na hora de direcionar o conteúdo para o consumidor certo, pois permite mapear as opiniões, os gostos e as características demográficas do público-alvo coletados nas redes sociais. Miceli acredita que essa ferramenta tem uma possibilidade remota de se concretizar no marketing digital brasileiro neste ano.
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10. Influenciadores
O professor aponta que o uso de influenciadores é a outra tendência com forte possibilidade de se consolidar no marketing digital brasileiro em 2017, juntamente com o uso de bots. “Em vez de uma grande marca de tênis realizar uma campanha que se comunica diretamente com o consumidor, ela contrata uma pessoa para passar a mensagem”, diz. O influenciador é a pessoa com legitimidade sobre o assunto que diz respeito à marca, e tem autoridade e notoriedade para transmitir a mensagem por meio de vídeos e publicações nas redes sociais. Além de, claro, ter um número elevado de seguidores e interações com o público em plataformas como Facebook e Instagram.
1. Social Messaging
Atualmente dois bilhões de pessoas se comunicam ativamente sem a intermediação de uma empresa de telefonia. Elas buscam informações, se posicionam e demonstram atitudes diante dos fatos e das mensagens que recebem. Isso aumenta o potencial de emissão de opiniões sobre marcas, ideias e conceitos no ambiente digital. É um processo análogo à conhecida propaganda “boca a boca”, só que desta vez em plataformas como Whatsapp e Facebook Messenger e não necessariamente por meio de comunicação verbal.