Muita gente já viu ou ouviu falar sobre o filme “O Encantador de Cavalos” (de 1998, baseado no livro de Nicholas Evans), que conta a história de um treinador contratado para ajudar uma adolescente a superar o trauma de um grave acidente. A empreendedora Kelly Wendorf levou essa ideia adiante e criou uma companhia que utiliza cavalos nos processos de coaching de executivos de negócios para o desenvolvimento profissional e de liderança.
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“Os cavalos nos ensinam muito sobre negócios”, afirma Kelly, CEO da Equus e cofundadora da Thunderbird Ridge Ranch, o local onde é realizada a Equus Experience, nas proximidades das montanhas de Sangre de Cristo, nos arredores de Santa Fé, Estados Unidos. A Equus está localizada em um rancho de 4 hectares, perto do Four Seasons Resort Rancho Encantado, que também envia convidados e executivos para as sessões de treinamento com Kelly e seu parceiro, Scott Strachan.
“Os cavalos trazem à tona o melhor das pessoas: a confiança”, diz ela. No início da sessão de coaching com a executiva e seus assessores – os animais Blue, Dante, Artemis e Cooper – ela pede que as pessoas passem algum tempo pensando sobre o que gostariam de alcançar quando o processo terminar. “Os cavalos mostram seu melhor quando você se encontra com ele com uma questão/curiosidade genuína sobre a sua vida”, ela afirma. “E pode ser qualquer coisa.”
Veja, na galeria a seguir, 8 lições que os cavalos podem ensinar sobre os negócios.
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Não faça suposições
Um dos clientes de Kelly, que estava abrindo sua própria agência de conteúdo, foi colocado na arena com os cavalos e, imediatamente, sentiu-se atraído por Blue. Ele tentou estabelecer uma conexão, mas o cavalo afastou-se. Com o ego ferido, o homem desistiu. Kelly, que estava do lado de fora analisando a situação, concluiu que aquela era uma pessoa que abria mão de um contato quando este não demonstrava interesse imediato. Ela revelou, então, que Blue estava, de fato interessado, mas havia se afastado por causa do movimento de um outro cavalo. O homem fez, então, uma segunda tentativa e, em pouco tempo, estava acariciando Blue. A lição tirada do episódio é: não faça suposições. Elas limitam a forma como você se mostra ao mundo.
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Em vez de ser um líder, você precisa ser atencioso
“O que a maioria das pessoas não sabe é que, em grupo, os cavalos funcionam como um matriarcado. A liderança não é de um garanhão forte e grande, dono de um harém de éguas. Na realidade, essa é a interpretação feita pela nossa cultura patriarcal. Na maioria das vezes, são as éguas que governam e criam ordem e disciplina no grupo. Então, é um modelo feminino, diferente do nosso sistema usual que tende a valorizar o pensamento racional em prol da intuição, ou a manipulação em prol da cooperação”, afirma Kelly. “Os cavalos oferecem às profissionais do sexo feminino a oportunidade de enxergar um modelo que nós não vemos com frequência – o uso correto do poder, como ele pode ser usado para cuidar das pessoas e como uma liderança baseada na atenção fortalece o sistema e traz ótimos resultados. Portanto, você pode ser cuidadoso e ser um ótimo líder. É assim que os cavalos agem.”
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Faça as coisas mais devagar e seja presente
“Os cavalos têm 17 expressões faciais diferentes, mas você precisa ter calma para notá-las”, afirma o parceiro de Kelly, Strachan. “As pessoas gastam muito tempo no mundo do fazer e pouco no mundo do ser. Nós não estamos presentes e, na maioria do tempo, estamos muito longe de nós mesmos. Achamos que temos que estar sempre à frente e colocamos a nossa felicidade do outro lado do horizonte cognitivo. Essa é uma das coisas que os cavalos mais demonstram. Você precisa estar presente.”
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Estabeleça limites
“Os cavalos estabelecem limites o tempo todo. Usar certas demonstrações de força é, na realidade, uma maneira de criar ordem, o cuidado e a sustentabilidade em um sistema.”
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Seja forte para criar bem-estar
“Em sistemas com funcionamento semelhante aos dos cavalos, as mulheres encontram permissão para ser fortes e saber que isso é uma qualidade. E que essa força pode resultar em iniciativas que criem bem-estar para todos”, afirma Kelly.
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Seja autêntico
“Os cavalos demonstram que a sua energia o precede”, afirma Strachan. “Muita gente entra em uma sala de reunião pensando: ‘Eu estou realmente irritado com todas essas pessoas, mas vou disfarçar e ninguém vai perceber’. Mas sim, eles vão perceber – assim como os cavalos.”
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Esteja aberto para novos hábitos
“Quando nos envolvemos com os cavalos, sentimos algo em nossos corpos. O mesmo acontece quando caminhamos pelo mundo sem grandes pretensões. As duas coisas restauram a nossa bússola interna do ponto de vista neurológico”, afirma Wendorf. “Então nós criamos novos caminhos neurais de hábitos diferentes. Os cavalos nos ensinam novos hábitos. Você vai para casa e descobre que começou a fazer as coisas de maneira diferente”.
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Pense no impacto que você causa
“Os cavalos nos ensinam como demonstrar a integridade e a honestidade que a natureza exige”, afirma a especialista. “Eles nos ensinam sobre o impacto que causamos quando entramos em um espaço. Eles nos ensinam sobre a nossa clareza – se o que estamos dizendo é ou não o que realmente queremos falar – e o impacto que temos sobre as outras pessoas. 93% da nossa comunicação é não-verbal, e os cavalos realmente mostram isso.”
Não faça suposições
Um dos clientes de Kelly, que estava abrindo sua própria agência de conteúdo, foi colocado na arena com os cavalos e, imediatamente, sentiu-se atraído por Blue. Ele tentou estabelecer uma conexão, mas o cavalo afastou-se. Com o ego ferido, o homem desistiu. Kelly, que estava do lado de fora analisando a situação, concluiu que aquela era uma pessoa que abria mão de um contato quando este não demonstrava interesse imediato. Ela revelou, então, que Blue estava, de fato interessado, mas havia se afastado por causa do movimento de um outro cavalo. O homem fez, então, uma segunda tentativa e, em pouco tempo, estava acariciando Blue. A lição tirada do episódio é: não faça suposições. Elas limitam a forma como você se mostra ao mundo.