Apesar de ter sido rejeitado por Donald Trump e seus vizinhos do Golfo, o Catar acaba de assinar um grande acordo com Washington para a compra de novas armas. O Secretário de Defesa norte-americano, James Mattis, e o Ministro da Defesa do Catar, Khalid Al-Attiyah, fecharam o negócio de US$ 12 bilhões por mais de 36 aviões de guerra F-15. Em pronunciamento oficial enviado por email ontem (14/06), o Pentágono declarou que a venda das aeronaves fornecerá mais segurança ao país árabe e aumentará o nível de cooperação entre as duas nações.
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O congresso norte-americano já tinha aprovado, em novembro do ano passado, a venda de mais de 72 jatos F-15, em um acordo de US$ 21 bilhões. A negociação atual vem logo depois da declaração do Presidente Donald Trump, na última sexta-feira (09/06), de que o Catar é um patrocinador sofisticado do terrorismo, o que causou confusão sobre a posição dos EUA neste instável cenário instável. Antes mesmo da declaração de Trump, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, havia tentado acalmar o ambiente tenso ao pedir para a Arábia Saudita desbloquear a passagem para o país vizinho.
Apesar do bloqueio e do crescente nível de déficit alimentar, o Catar serve de residência para 10 mil soldados da tropa norte-americana e é a maior base dos EUA no Oriente Médio. O Ministro da Defesa do Catar declarou que o acordo dos aviões F-15 iria criar 60.000 empregos em 42 estados norte-americanos e também facilitar a ação do país na região.
Esta não é a primeira vez que os países fazem negócios. Entre eles estão a venda dos aviões de transporte C-17 e C-130, em 2008, e um acordo sofisticado fechado em 2014 para abastecer o Catar com helicópteros de ataque do modelo Apache, mísseis e tanques de guerra à prova de mísseis.