É cada vez mais comum que novos negócios, especialmente aplicativos, incentivem os usuários a se cadastrarem em seus serviços por meio do uso de códigos promocionais – marcas como Amazon.com, Dell, Target, Gap, Uber, Lyft e Groupon adotam a estratégia regularmente. Além disso, muitas vezes estes negócios recrutam embaixadores por meio da oferta de créditos. O empreendedor de Los Angeles Aaron Leupp foi capaz de construir uma operação multimilionária com base neste conceito.
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Enquanto estava na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, Leupp trabalhava como promoter no clube noturno Belasco para ajudar a pagar os estudos. Sua grande chance, no entanto, veio quando ele teve a oportunidade de organizar um evento no local, ficando responsável por facilitar o transporte dos clientes.
A companhia conecta clientes como Uber, Lyft, Postmates, Airbnb, Shipt e Drizly a influenciadores digitais, que promovem as marcas por meio da divulgação de códigos promocionais gratuitosNa época, a Uber era uma empresa relativamente recente e oferecia uma promoção em que novos usuários ganhavam uma corrida gratuita, independentemente da distância ou da duração. E quem indicasse o serviço teria direito a créditos para futuras corridas. Leupp, então, colocava os links da promoção nos panfletos e materiais promocionais da festa. Com isso, foi capaz de fazer do evento um sucesso e a Uber lhe ofereceu a oportunidade de continuar a promover o aplicativo em troca de dinheiro – em vez dos tradicionais créditos para uso do serviço.
Como o modelo havia funcionado muito bem, Leupp o expandiu e estabeleceu uma parceria com o Postmates, empresa de delivery que era, na época, apenas uma startup. Depois de gerar dezenas de milhares de dólares em crédito em pouco tempo, ele enviou essas informações por email ao CEO da Postmates, Bastian Lehmann. Logo, a empresa também tornou-se um cliente de Leupp. Alguns acordos similares depois, o criativo empreendedor lançou sua própria empresa em 2013, a PromoAffiliates.
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A companhia conecta clientes como Uber, Lyft, Postmates, Airbnb, Shipt e Drizly a influenciadores digitais, que promovem as marcas por meio da divulgação de códigos promocionais gratuitos. A comissão é dividida e os influenciadores recebem um percentual de 80%.
Resumidamente, a PromoAffiliates cunhou um novo termo para seus negócios: campanhas “Pay Per New User” (“pague por novos usuários”, em tradução livre). “O funcionamento do ‘pague por usuário’ ou ‘pague por indicação’ é muito simples. Os clientes nos enviam uma série de códigos promocionais exclusivos para usarmos em nossas campanhas. Eles são repassados para nosso time de associados e influenciadores. Com base no resultado, a operação é paga, o que elimina completamente qualquer risco para o cliente”, explica Leupp.
Em alguns casos, as marcas dão a PromoAffiliates bônus temporários por promoções. Um exemplo foi quando a Lyft deu, por tempo limitado, US$ 1.000 à empresa por cada novo motorista inscrito. Os profissionais receberam o mesmo valor de bônus.
Como a PromoAffiliates tem sua base em Los Angeles, seu criador foi capaz de interagir diretamente com celebridades que têm milhões de seguidores nas redes sociais para fazer alguns dos negócios acontecerem. Como resultado, a empresa foi capaz de trazer milhões de usuários para seus clientes.
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Em 2015, a companhia estava gerando centenas de milhares de dólares em fluxo de caixa. Atualmente, este número passou para a ordem dos milhões. Este ano, os influenciadores parceiros da empresa geraram bilhões de visualizações em campanhas para os clientes da PromoAffiliates.
Após alcançar vários marcos, a empresa recebeu ofertas de investimento. Porém, segundo Leupp, como o fluxo estava positivo, ele não aceitou nenhuma delas. De acordo com o empreendedor, o objetivo da PromoAffiliates é tornar-se um Mad Men dos dias atuais. A empresa quer ajudar startups iniciantes a alcançar seu potencial máximo e continuar a oferecer receita para influenciadores, personalidades do YouTube e blogueiros.
Leupp afirma que diversas experiências pessoais o prepararam para lançar seu próprio negócio. O empresário produziu seu primeiro longa metragem no ensino médio, tocou em diversas bandas e ajudou seu pai a lançar e promover uma loja de ternos e smokings. “Eu acho que liderar com base no exemplo de outras pessoas tem sido a maior preparação para tocar este negócio, pois, como eu também já fui promoter, consigo me relacionar e trabalhar com nossas centenas de promoters e influenciadores. E, como também sei quão importante é o marketing para startups e empresas, posso me relacionar com os clientes”, diz. “Enxergo tudo isso apenas como o começo da nossa jornada. Vamos continuar trabalhando de maneira ainda mais inteligente e pesada para ajudar os outros em tudo o que pudermos.”