A receita trimestral da IBM ficou aquém das estimativas de analistas, uma vez que o crescimento dos negócios de maiores margens, como de serviços em nuvem e de inteligência artificial desacelerou, enquanto a demanda por serviços de tecnologia caiu.
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As ações da empresa recuaram 2% nos negócios after-market nesta terça-feira (18).
A IBM mudou o foco dos negócios nos últimos anos para áreas de crescimento – como nuvem, segurança cibernética e análise de dados – para compensar a desaceleração em hardware e software.
A receita dessas novas áreas, que a IBM chama de imperativos estratégicos, subiu 5% no segundo trimestre. Mas o desempenho ficou abaixo do crescimento percentual de dois dígitos que estes negócios geraram nos últimos trimestres, o que pode elevar as preocupações sobre o ritmo da mudança da IBM.
No entanto, a receita dos imperativos estratégicos subiu 11%, para US$ 34,1 bilhões nos últimos 12 meses. Já a receita dos negócios de tecnologia e plataformas em nuvem caiu 5,1%, para US$ 8,41 bilhões. Os analistas previam, em média, US$ 8,58 bilhões, de acordo com a empresa de análise e dados financeiros FactSet.
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A receita total caiu 4,7%, para US$ 19,29 bilhões, marcando a maior queda em cinco trimestres. A IBM não registra crescimento nas receitas anuais desde 2011. Os analistas esperavam uma média de receita de US$ 19,46 bilhões, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
O lucro líquido caiu para US$ 2,33 bilhões (ou US$ 2,48 por ação), contra US$ 2,5 bilhões (ou US$ 2,61 por ação) de um ano antes.
Excluindo itens extraordinários, a IBM lucrou US$ 2,79 por ação, superando as estimativas dos analistas de US$ 2,74, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.