A montadora de carros de luxo Audi, da Volkswagen, anunciou sua maior reestruturação administrativa em anos nesta segunda-feira (28), em sua busca por um recomeço após o escândalo de emissão de poluentes em veículos movidos a diesel.
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A Audi, que responde pela maior parte do lucro da VW, disse que está substituindo o vice-presidente financeiro Axel Strotbek, o diretor de produção Hubert Waltl, o chefe de recursos humanos Thomas Sigi e o diretor de vendas Dietmar Voggenreiter, a partir de 1º de setembro.
O presidente-executivo Rupert Stadler, que sofreu pressão da mídia e de sindicatos pela forma como lidou com o escândalo de emissão de poluentes do grupo, permanece no cargo, como esperado.
Em declaração, a empresa não apresentou razões para as mudanças.
Pessoas familiarizadas com o assunto já tinham informado a Reuters sobre a reestruturação. Uma das fontes disse que Stadler tinha o apoio das famílias Porsche e Piech, que controlam a Volkswagen, razão pela qual seu contrato foi prorrogado em maio por mais cinco anos.
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A Audi nomeou o gerente da VW Wendelin Goebel, um confidente do presidente-executivo da VW Mathias Mueller, e de Stadler da Audi, para assumir o cargo de Sigi. Peter Koessler, chefe da fábrica da Audi em Gyor, Hungria, será o chefe de produção no lugar de Waltl.
O chefe de vendas de veículos comerciais da VW Bram Schot ocupará o cargo de Voggernreiter, e o vice-presidente financeiro Strotbek será sucedido por Alexander Seitx, que ocupou cargos na América Latina e na joint venture chinesa SAIC Volkswagen, segundo a Audi.