As empreendedoras de Dubai Sara Alemzadeh e Ranya Khalil encontraram uma solução para as mulheres cuja habilidade de usar várias vezes seus vestidos favoritos tem sido prejudicada por redes sociais como o Facebook e o Instagram. Elas lançaram a Designer-24, uma startup de aluguel de vestidos online que atende ao público que busca moda de alto padrão a preços acessíveis.
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Em apenas três anos, a marca causou uma ruptura nos círculos de moda dos Emirados Árabes. Como tantas ideias inteligentes, parece óbvio agora que se olha para trás. Afinal, homens têm alugado ternos há décadas. Para Sara, no entanto, a ficha caiu quando ela percebeu que mulheres estilosas, cheias de compromissos, gastavam quantias de quatro dígitos em vestidos de luxo que seriam usados apenas uma vez – talvez, no máximo, duas.
Em apenas três anos, a empresa causou uma ruptura nos círculos de moda dos Emirados Árabes“As mulheres no Oriente Médio são inteligentes, cheias de estilo e amam a ideia do consumo colaborativo”, diz ela. “Mas, com as redes sociais, vestir-se para ocasiões especiais tornou-se uma tarefa muito cara. Elas postam fotos de si mesmas toda vez que vão a um casamento, uma festa luxuosa ou um almoço, e querem ser vistas com um vestido diferente em cada uma destas situações. Com o Designer-24, essas mulheres podem usar um vestido apenas uma vez e pagar apenas entre 5% e 15% do preço do varejo”, explica Sara. Já uma grande tendência nos Estados Unidos, alugar um vestido de marca é um conceito relativamente novo na região.
Sara Alemzadeh, de 36 anos, que antes trabalhava em um banco de investimentos, e sua amiga Ranya Khalil, de 30 anos, começaram o negócio em 2014. “Nós também oferecemos pacotes de verão, em que as clientes podem levar vestidos para 30 dias, e vendemos vestidos em promoção quando terminamos de alugá-los”, diz.
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A empresa tem uma coleção de mais de 2.000 vestidos – de Oscar de la Renta e Elie Saab a Zuhair Murad e Pronovias. “Nossos preços de aluguel começam em US$ 22 e podem chegar a US$ 275 para itens de alta costura. Isso representa entre 5% e 15% do preço real”, diz ela. É necessária uma logística inteligente para entregar os vestidos na porta da frente das clientes, buscá-los e mandá-los para a lavanderia. A empresa também aluga bolsas, brincos e colares de grife.
“Nós estamos trabalhando diretamente com mais de 50 estilistas do mundo todo. Temos o mesmo estoque de novas coleções do que as principais lojas de departamento e boutiques. Isso torna a proposta de criar valor muito clara”, diz Sara. Sua experiência em banco de investimentos fez com que ela fosse naturalmente para o lado financeiro do negócio, enquanto a experiência de Ranya em varejo de luxo e eventos as ajudou a crescer.
“Nosso objetivo é fazer as mulheres felizes ao vestir moda de luxo a preços revolucionários”, diz Sara, acrescentando que elas expandiram para o aluguel de vestidos de noiva em janeiro.
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No ano passado, a dupla aumentou o estoque com vestidos de mulheres que queriam alugar os seus próprios itens de marca. “Elas têm lindos vestidos em seus armários que usaram apenas uma ou duas vezes. Agora, estão ganhando dinheiro com ele, recebendo de volta uma parte do que pagaram ao disponibilizá-los em nossa plataforma”, explica.
Porém, tirar o negócio do chão não foi tarefa fácil, diz ela. “Ao construir uma startup, é preciso trabalhar muito duro e ter muita paciência com clientes, parceiros de desenvolvimento de negócios, marketing, tudo. Nós passamos cerca de seis meses viajando por Nova York, Londres, Paris e Beirute para apresentar o conceito a designers, ensinando-os sobre o mercado no Oriente Médio e sobre a nossa visão. Nós complementamos o varejo e introduzimos muitos designers emergentes na região, que agora são populares e vendem bem”, conta.
Agora, os esforços de Sara e Ranya parecem estar valendo a pena. Há tanta agitação em torno do negócio – elas faturaram milhões de dólares em vestidos desde o lançamento -, que a startup já está registrando crescimento. Sem revelar a receita da empresa, Sara diz: “Nós temos crescido mais de 60% por trimestre ao longo dos últimos dois anos, e montamos um escritório em Beirute também.”
Evidentemente, as redes sociais estão fazendo com que o negócio cresça ainda mais. “Muitas influenciadoras usam nossos vestidos e escrevem sobre nós em seus posts. Em vez de recorrer a designers individualmente, nós nos tornamos sua loja única. Muitas mulheres ouvem falar de nós assim. Nós mostramos ao mercado que o aluguel não é um tabu”, diz Sara.