O ex-presidente executivo da Uber Technologies rejeitou um processo judicial apresentado contra ele por um dos principais investidores da empresa como um “ataque pessoal e público” sem mérito, de acordo com documentos apresentados ao tribunal na noite de quinta-feira (17).
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A empresa de capital de risco Benchmark Capital, que diz ter 13% da Uber e controlar 20% do poder de voto, entrou com um processo na semana passada contra o ex-presidente-executivo da empresa Travis Kalanick para forçá-lo a deixar o conselho de administração, onde ele ainda tem um assento e revogar o poder que ainda detém.
Kalanick, no primeiro documento judicial em resposta ao processo, disse que a ação legal da Benchmark faz parte de um esquema maior para expulsá-lo da empresa que ele ajudou a fundar e tira o poder que é legitimamente seu. Ele também argumentou que a disputa legal deveria ser conduzida em meio a um processo de arbitragem e que a Corte de Chancelaria de Delaware, onde o processo foi apresentado, não tem jurisdição.
Está em questão uma mudança na estrutura do conselho realizada em 2016, que ampliou em três o número de diretores com direito a voto e garantiu a Kalanick o direito exclusivo de preencher esses assentos.
No processo, a Benchmark disse que Kalanick escondeu do conselho uma série de crimes, incluindo alegações de roubo de segredos comerciais envolvendo tecnologia de veículos autônomos. Além disso, alega má conduta de Kalanick e outros executivos ao lidar com um estupro cometido por um motorista do Uber na Índia, quando pediu que o conselho do Uber lhe desse os assentos extra.