O bitcoin saltou mais de 20% em apenas quatro horas nesta sexta-feira (15), depois de ter chegado a menos de US$ 3 mil mais cedo, quando as autoridades pediram que as bolsas de criptomoedas de Pequim parem de negociá-las.
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Depois de uma escalada vertiginosa para registrar picos próximos de US$ 5 mil no início do mês, o bitcoin mergulhou quase 40% em 12 dias, com a liquidação impulsionada em grande parte por medo da repressão da China ao mercado, bem como uma entrevista na qual o presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, disse que a bitcoin era uma “fraude”.
A rápida queda – combinada com perdas nas centenas de outras moedas digitais que agora compõem o bitcoin – é conduzida pelas preocupações de que uma gigante bolha das criptomoedas esteja prestes a estourar. O bitcoin teve sua pior semana desde 2013.
Isso, segundo especialistas da indústria, mostra que, embora a China ainda seja importante, a repressão no país provavelmente não será suficiente para paralisar o bitcoin, a menos que seja seguida de paradas do câmbio em outras partes do globo.
“Os volumes chineses representam menos de 10% do volume global – não é grande coisa”, disse Charles Hayter, fundador do site de análise de criptomoedas “Cryptocompare”.
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As plataformas de Pequim, OkCoin e Huobi, que estão entre as maiores bolsas da China, disseram nesta sexta-feira que planejam parar as negociações com base em iuanes até 31 de outubro, confirmando relatórios anteriores.
A maior bolsa de bitcoin da China, a BTCChina, disse na quinta-feira (14) que pararia negociações em 30 de setembro. Outras bolsas menores do país anunciaram movimentos semelhantes nesta sexta-feira.